segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

APENDICITE


A apendicite é inflamação do apêndice.
O apêndice é uma pequena estrutura tubular em forma de dedo que se projeta do intestino grosso próximo do ponto onde este une-se ao intestino delgado. O apêndice pode ter alguma função imune não muito bem descrita em literaturas, acredita-se que sua função imune seja pequena a ponto de não ser tido como órgão essencial.
Com exceção das hérnias encarceradas, a apendicite é a causa mais comum de dor abdominal súbita e intensa e de cirurgia abdominal nos Estados Unidos. A apendicite é mais comum entre os 10 e 30 anos de idade.
A causa da apendicite não é totalmente compreendida. Na maioria dos casos, é provável que uma obstrução no interior do apêndice desencadeie um processo no qual ele torna-se inflamado e infectado.
Se a inflamação persistir sem tratamento, o apêndice pode romper. Um apêndice roto permite o extravasamento do conteúdo intestinal rico em bactérias para o interior da cavidade abdominal, causando a peritonite, a qual pode acarretar uma infecção potencialmente letal.
A ruptura também pode provocara formação de um abcesso. Na mulher, podem ocorrer infecção dos ovários e das tubas uterina se a conseqüente obstrução das tubas uterinas pode causar infertilidade.
O apêndice roto também pode permitir que as bactérias invadam acorrente sangüínea e produzam uma septicemia, que também é potencialmente letal.

Sintomas

Menos de metade dos indivíduos com apendicite apresenta a combinação de sintomas característicos: náusea, vômito e dor intensa na fossa ilíaca direita (região abdominal inferior direita). A dor pode iniciar subitamente na região abdominal superior ou em torno da cicatriz umbilical. A seguir, o indivíduo apresenta náusea acompanhada de vômito e ainda perda de apetite. Após algumas poucas horas, a náusea cessa e a dor localiza-se na fossa ilíaca direita.
Quando o médico pressiona essa área, ela dói, e quando a pressão é aliviada, a dor aumenta abruptamente (sinal da descompressão positivo ou sensibilidade de rebote). Uma febre de 37, 7 °C a 38, 3 °C é comum.
A dor, particularmente em lactentes e crianças, pode ser generalizada e não restrita à fossa ilíaca direita. Em idosos e gestantes, a dor normalmente é menos intensa e a área é menos sensível. No caso de ruptura do apêndice, a dor e a febre podem tornar-se intensas.
O agravamento da infecção pode levar ao choque séptico.

Diagnóstico e Tratamento

O hemograma revela um aumento moderado dos leucócitos (glóbulos brancos) (leucometria) em resposta à infecção.
Normalmente, nas fases iniciais da apendicite, a maioria dos exames (incluindo as radiografias, a ultrasonografia e a TC) não é útil. Comumente, o médico baseia o diagnóstico nos achados do exame físico. A cirurgia é imediatamente realizada para evitar a ruptura do apêndice, a formação de um abcesso ou a peritonite (inflamação do revestimento da cavidade abdominal). Em aproximadamente 15% das cirurgias de apendicite, o apêndice encontra-se normal.
Contudo, postergar a sua realização até o médico ter certeza da causa da dor abdominal pode ser fatal. Um apêndice infectado pode romperem menos de 24 horas após o início dos sintomas. Mesmo quando a apendicite não é a causa do quadro apresentado pelo paciente, o apêndice é normalmente retirado.
A seguir, o médico examina a cavidade abdominal e tenta determinar a causa real da dor.
Com a cirurgia precoce, a chance de óbito devido a uma apendicite é muito pequena.
O indivíduo comumente pode deixar o hospital em 2 a 3 dias e a sua recuperação é normalmente rápida e completa.
No caso de um apêndice roto, o prognóstico é mais grave. Há cinqüenta anos, a ruptura era freqüentemente fatal. Os antibióticos reduziram a taxa de mortalidade para quase zero, mas, em certos casos, podem ser necessárias várias operações e uma longa convalescença.

SAUDE NO FOCO

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