sábado, 17 de julho de 2010
ENFERMAGEM: A EVOLUÇAO NA ARTE DO CUIDAR EM BUSCA DO SEU ESPAÇO NA SOCIEDADE.
ENFERMAGEM: A EVOLUÇAO NA ARTE DO CUIDAR EM BUSCA DO SEU ESPAÇO NA SOCIEDADE.
Partindo do princípio, onde a enfermagem é tida como arte e ciência do cuidar, podendo concluir que a enfermagem está intimamente ligada à vida humana desde a sua origem, podendo então relacioná-la à primeira mulher em que se tem referência: Eva, a esposa de Adão, pois inicialmente o cuidado era realizado de modo instintivo, a mãe que cuida do filho, posteriormente, pelas mulheres que permaneciam nas tribos cuidando das crianças, velhos e doentes, enquanto os homens saem em busca de alimentos, em outras épocas os cuidados eram feitos por sacerdotes, onde as práticas de saúde associavam-se à religião. Quando alguém era curado, sua cura estava relacionada com milagre, se morria era porque era indigno de viver. Nesta emaranhado chegamos á Era Moderna, onde as práticas de enfermagem confundiam-se muitas vezes com as práticas da medicina.
Florence Nighingale, (1820-1910), membro da elite social e econômica e amparada pelo poder político da época, era portadora de grande aptidão vocacional para tratar doentes. Convidada para trabalhar junto aos soldados feridos em combate na Guerra da Criméia (1854-1856) torna-se a precursora da Enfermagem Moderna.
Neste cenário, a enfermagem, ainda vive épocas em que é subordinada à medicina até chegar à sua autonomia profissional. No Brasil, a criação dos Conselhos Federal e Regional de Enfermagem conceituado como autarquias de fiscalização profissional e vinculado ao Ministério do Trabalho ocorre com o sancionamento da Lei 5905, em 1973.
Em 25 de junho de 1986 é criada a Lei 7498, que dispõe sobre o exercício profissional da enfermagem e dá um grande passo para a consolidação da classe profissional no país.
É possível que algumas pessoas ao lerem esta matéria, possam perguntar: o que eu tenho a ver com isso? Eu respondo: Tudo. A partir destas informações, caro leitor e eleitor, gostaria que fizessem uma análise de como anda o serviço de enfermagem em nossa cidade, quantos profissionais de enfermagem temos em nossa cidade? Será que as autoridades locais e os administradores e proprietários das instituições de saúde de nossa cidade estão respeitando esta classe profissional?
Quando você fica doente e vai ao hospital, quem cuida de você? Quando seu filho nasce, quem o veste com sua primeira roupinha, seu primeiro banho, sua primeira vacina, o teste do pezinho…..? Aquelas injeções terríveis e dolorosas, quem aplica? Aquela ferida que você já fez de tudo e não cicatriza, quem cuida? Aquela informação que o médico te deu e você não entenderam, quem explica? Aquela dúvida que você tem, mas que teve vergonha de perguntar ao médico, quem te esclarece? Aquele medicamento que o médico prescreveu e você não sabem como tomar? Aquele medicamento que o médico prescreveu você tomou para curar uma coisa e sentiu outra quem te explica? Você já pensou nisso?
O Ministério da Saúde com a implantação do SUS e a criação da ESF (Estratégia da Saúde da Família) tem hoje, vários protocolos que dão ao enfermeiro a autonomia para exercer atividades que geram qualidade de atendimento à população, em sua cidade isto é respeitado? A você que é mulher, quem colhe seu exame de Papanicolau (o exame de prevenção do câncer de colo de útero) no bairro onde você mora? Existe consulta de enfermagem no seu posto de bairro? Quem faz seu Pré- natal?
Infelizmente falta muito para o enfermeiro ganhar sua autonomia em nossa cidade, parte pela falta de interesse de alguns poucos profissionais que olham apenas para seu próprio umbigo, parte por falta de conhecimento da população da importância desta classe profissional, parte por falta de interesse das autoridades locais, o que é uma pena, pois se não a mais linda, uma das mais lindas das profissões não pode ser deixada de lado.
Precisamos de enfermeiros e profissionais de enfermagem que queiram abraçar a causa da enfermagem e a causa política para que esta classe possa alcançar seu merecido espaço e fazer jus à qualidade da assistência à saúde do nosso povo. Precisamos de políticos que nos apóiem e nos dêem espaço para que possamos crescer enquanto classe profissional e exercermos de fato o nosso papel na sociedade. E então ENFERMEIROS estamos colaborando? a classe esta unida?
Doenças de inverno
Com a chegada do inverno aumentam as incidências das doenças respiratórias, que são comuns da estação. O frio somado à baixa umidade do ar e a uma maior concentração dos poluentes são um prato cheio para esses tipos de enfermidades e quem mais sofre são crianças e idosos.
O SAÚDE NO FOCO preparou um guia para você conhecer melhor as doenças mais comuns nessa época do ano e saber como se prevenir.
As doenças mais comuns:
Asma
É uma inflamação do pulmão e das vias aéreas, de fundo alérgico, caracterizada por chiados no peito, tosse e sensação de falta de ar. É conhecida por ser uma doença comum em crianças, mas pode surgir em adultos a partir de infecções por vírus e bactérias. Não existe como prevenir o surgimento da asma, mas ela pode ser controlada desde que o tratamento seja seguido e que o paciente e sua família se conscientizem do problema.
Amidalite
É uma inflamação das amídalas, que servem como filtros no fundo de nossa garganta, evitando a passagem de infecções da boca e dos seios da face para o resto do corpo. Pode ser causada por vírus ou por bactérias. Os sintomas são dor de garganta, dor ao engolir, febre, mau hálito e, às vezes, inchaço dos gânglios do pescoço.
Bronquite
É uma inflamação dos brônquios, que impede a chegada do ar aos pulmões. A forma aguda é causada por vírus e bactérias. A crônica é recorrente e não necessariamente fruto de infecção. Seus principais sintomas são: tosse seca com chiado seguida por tosse com eliminação de catarro, dor no peito, fadiga, mal estar e febre. Pode estar ligada a alergias e é agravada com o fumo ou o contato com fumantes.
Gripe
É uma infecção causada pelos vírus influenza, que são mutantes. Doença altamente contagiosa, pode causar entupimento das vias aéreas, inflamação na garganta, dor muscular, dor de cabeça, febre alta, calafrios, fraqueza, tosse seca, espirros e coriza. A transmissão ocorre pelo ar, quando pacientes falam, espirram e tossem, e, indiretamente, pelas mãos e por objetos contaminados.
Otite (ou dor de ouvido)
É uma infecção bacteriana do ouvido médio, que fica entre o tímpano e o ouvido interno, muito comum em crianças. Normalmente, vírus e bactérias que infectaram a garganta migram até o ouvido e se multiplicam, graças às secreções da área.
Pneumonia
É uma infecção aguda dos pulmões, causada por bactérias, vírus ou fungos. Os alvéolos pulmonares ficam cheios de pus, além de muco e líquidos, o que impede a respiração correta. Normalmente, ocorre quando há falha nas defesas do organismo e pode surgir após uma gripe ou uma bronquite fortes. Os sintomas são: tosse com catarro, dor no tórax, calafrios, suor, palidez e febre alta.
Resfriado
Muito confundido com a gripe, é uma infecção bem mais leve do nariz e da garganta, causada por outros vírus. Seus sintomas são espirros, tosse, dor de garganta, dor muscular, secreção nasal intensa, dor de cabeça e febre baixa. Não existe tratamento contra o vírus -– os remédios são tomados apenas para aliviar os sintomas até a recuperação natural do organismo.
Rinite
É a mais comum das doenças alérgicas, causada pela inflamação, ou pela simples irritação, da mucosa do nariz. Os principais sintomas são espirros, coriza, coceira e entupimento do nariz.
Sinusite
É a inflamação da mucosa que reveste os chamados “seios da face”, cavidades do crânio em torno do nariz, causada por alergias ou infecções virais e bacterianas. Os principais sintomas são dor de cabeça, inchaço nas pálpebras, nariz entupido e dor nos olhos.
Como se proteger
• Beber bastante líquido (mas evitar bebidas alcoólicas);
• Não deixar de fazer exercícios físicos (nadar, correr e caminhar são especialmente importantes porque aumentam a capacidade respiratória);
• Comer alimentos ricos em vitamina C, como limão, laranja, abacaxi e acerola;
• Manter limpas as roupas de cama, especialmente cobertas e edredons;
• Evitar lugares fechados e pouco arejados;
• Evitar fumar e conviver com fumantes;
• Secar roupas no sol;
• Lavar as mãos com freqüência;
• A vacinação anual é importante, não causa gripe e evita complicações mais sérias;
• Para bebês, a amamentação é indispensável, pois garante a proteção da criança, através de anticorpos da mãe que conferem imunidade para criança.
SAÚDE NO FOCO.
O SAÚDE NO FOCO preparou um guia para você conhecer melhor as doenças mais comuns nessa época do ano e saber como se prevenir.
As doenças mais comuns:
Asma
É uma inflamação do pulmão e das vias aéreas, de fundo alérgico, caracterizada por chiados no peito, tosse e sensação de falta de ar. É conhecida por ser uma doença comum em crianças, mas pode surgir em adultos a partir de infecções por vírus e bactérias. Não existe como prevenir o surgimento da asma, mas ela pode ser controlada desde que o tratamento seja seguido e que o paciente e sua família se conscientizem do problema.
Amidalite
É uma inflamação das amídalas, que servem como filtros no fundo de nossa garganta, evitando a passagem de infecções da boca e dos seios da face para o resto do corpo. Pode ser causada por vírus ou por bactérias. Os sintomas são dor de garganta, dor ao engolir, febre, mau hálito e, às vezes, inchaço dos gânglios do pescoço.
Bronquite
É uma inflamação dos brônquios, que impede a chegada do ar aos pulmões. A forma aguda é causada por vírus e bactérias. A crônica é recorrente e não necessariamente fruto de infecção. Seus principais sintomas são: tosse seca com chiado seguida por tosse com eliminação de catarro, dor no peito, fadiga, mal estar e febre. Pode estar ligada a alergias e é agravada com o fumo ou o contato com fumantes.
Gripe
É uma infecção causada pelos vírus influenza, que são mutantes. Doença altamente contagiosa, pode causar entupimento das vias aéreas, inflamação na garganta, dor muscular, dor de cabeça, febre alta, calafrios, fraqueza, tosse seca, espirros e coriza. A transmissão ocorre pelo ar, quando pacientes falam, espirram e tossem, e, indiretamente, pelas mãos e por objetos contaminados.
Otite (ou dor de ouvido)
É uma infecção bacteriana do ouvido médio, que fica entre o tímpano e o ouvido interno, muito comum em crianças. Normalmente, vírus e bactérias que infectaram a garganta migram até o ouvido e se multiplicam, graças às secreções da área.
Pneumonia
É uma infecção aguda dos pulmões, causada por bactérias, vírus ou fungos. Os alvéolos pulmonares ficam cheios de pus, além de muco e líquidos, o que impede a respiração correta. Normalmente, ocorre quando há falha nas defesas do organismo e pode surgir após uma gripe ou uma bronquite fortes. Os sintomas são: tosse com catarro, dor no tórax, calafrios, suor, palidez e febre alta.
Resfriado
Muito confundido com a gripe, é uma infecção bem mais leve do nariz e da garganta, causada por outros vírus. Seus sintomas são espirros, tosse, dor de garganta, dor muscular, secreção nasal intensa, dor de cabeça e febre baixa. Não existe tratamento contra o vírus -– os remédios são tomados apenas para aliviar os sintomas até a recuperação natural do organismo.
Rinite
É a mais comum das doenças alérgicas, causada pela inflamação, ou pela simples irritação, da mucosa do nariz. Os principais sintomas são espirros, coriza, coceira e entupimento do nariz.
Sinusite
É a inflamação da mucosa que reveste os chamados “seios da face”, cavidades do crânio em torno do nariz, causada por alergias ou infecções virais e bacterianas. Os principais sintomas são dor de cabeça, inchaço nas pálpebras, nariz entupido e dor nos olhos.
Como se proteger
• Beber bastante líquido (mas evitar bebidas alcoólicas);
• Não deixar de fazer exercícios físicos (nadar, correr e caminhar são especialmente importantes porque aumentam a capacidade respiratória);
• Comer alimentos ricos em vitamina C, como limão, laranja, abacaxi e acerola;
• Manter limpas as roupas de cama, especialmente cobertas e edredons;
• Evitar lugares fechados e pouco arejados;
• Evitar fumar e conviver com fumantes;
• Secar roupas no sol;
• Lavar as mãos com freqüência;
• A vacinação anual é importante, não causa gripe e evita complicações mais sérias;
• Para bebês, a amamentação é indispensável, pois garante a proteção da criança, através de anticorpos da mãe que conferem imunidade para criança.
SAÚDE NO FOCO.
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Enfermeiros podem sim solicitar exames e prescrever medicamentos
Recentemente por conta de uma matéria exibida na “TV” retornou a discussão acerca do assunto. Vejam a decisão do TRF e o meu comentário .
A decisão é do TRF 2ª Região e valida Portarias das Secretarias de Saúde de Vila Velha e de Vitória que normatizam as competências técnicas e legais desses profissionais. Em 2008 uma juíza chegou a suspender a Portaria de Vila Velha em ação movida pelo Sindicato dos Médicos do ES.
A Sexta Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, acolheu os argumentos da Procuradoria Geral do Conselho Federal de Enfermagem e declarou legal a Resolução do Cofen 195/97, que estabelece sobre o exercício profissional no que tange a exames de rotina e complementares por enfermeiros. A ação, proposta pelo Ministério Público Federal, visava buscar a anulação do ato normativo do Cofen, impedindo a correta aplicação da Lei 7.498/86.
A ação civil pública foi ajuizada com o objetivo de que fosse declarada a ilegalidade da Resolução nº 195/1997 do Conselho Federal de Enfermagem - Cofen, dos arts. 1º e 2º da Portaria nº 02/2006 da Secretaria Municipal de Saúde de Vila Velha, e do art. 3º, alínea 'c', da Portaria nº 018/2002 da Secretaria Municipal de Saúde de Vitória, para que os profissionais de enfermagem não exercessem as atividades de solicitação de exames ou prescrição de medicamentos.
O Ministério Público Federal (MPF), na petição inicial, alegou que a Lei nº 7.498/86, bem como o Decreto nº 94.406/87, que dispõem sobre a Regulamentação do Exercício de Enfermagem, não previam a possibilidade de os enfermeiros solicitarem exames de rotina e complementares ou prescreverem medicamentos. A apelação proposta pela Procuradoria do Cofen conseguiu reformar a sentença de primeiro grau e o Tribunal Regional Federal da 2ª Região expressamente reconheceu a improcedência das alegações apresentadas pelo Ministério Público Federal.
Em seu relatório, o TRF 2ª Região entendeu inexistir ilegalidade na Resolução do Cofen e nas Portarias dos Municípios de Vitória e Vila Velha. Declarou, igualmente, que a Resolução Cofen n° 195/97 obedece aos parâmetros legais e constitucionais. (Texto reproduzido do Portal Cofen).
Para o presidente do Conselho Regional de Enfermagem, Wilton José Patrício, "o enfermeiro tem um papel importante nos programas de prevenção e promoção da saúde, que é exatamente o modelo de saúde que desejamos ver em pleno funcionamento no país. Para isso é fundamental o trabalho das equipes profissionais, respeitadas suas competências técnicas e legais".
Em tempo:
Em outubro de 2008, atendendo solicitação do Sindicato dos Médicos do ES, a juíza Paula Cheim D'Avila Couto concedeu liminar suspendendo os efeitos da Portaria 01/2008, da Secretaria de Saúde de Vila Velha, que normatizava a consulta de enfermagem nas unidades de saúde do município. Agora, com a decisão do TRF, os enfermeiros voltam a atuar de acordo com suas prerrogativas legais previstas em lei federal.
No início de 2010 a Justiça Federal condenou o Conselho Regional de Medicina do ES a indenizar uma enfermeira do PSF de Vitória por danos morais. A ação foi movida pela profissional, após ter sido inocentada, também pelo TRF, em um processo aberto pelo CRM, que alegou exercício ilegal da medicina.
Durante uma visita domiciliar, a enfermeira solicitou exames preventivos e prescreveu um medicamento a uma moradora assistida pela equipe do PSF.
O procedimento tem amplo e indiscutível amparo na legislação vigente, que autoriza os enfermeiros a prescreverem medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde.
Portanto caros colegas cabe a nós enfermeiros, mostrarmos a nossa cara, e não entrarmos no grupo dos colegas que têm ciência de que eles próprios são os maiores responsáveis pela não realização da prescrição de enfermagem e pelo quadro de indefinições vivenciadas pela profissão nas instituições.
Diante disso mostra-se imprescindível a qualificação e capacitação dos profissionais que irão desempenhar esta função, através de cursos constantes de qualificação, dentre os quais a “educação continuada sobre o processo de enfermagem e a sistematização”.
Mas é necessário “sistematizar em todas as unidades; orientar aos trabalhadores da enfermagem a importância da mesma; resgatar o sentido da humanização do cuidado”. De grande utilidade também seriam as “visitas a outras instituições que façam este tipo de trabalho, para treinamento e capacitação dos enfermeiros, entre outros, deixando-os mais confiantes para exercer com qualidade esta atividade.
A decisão é do TRF 2ª Região e valida Portarias das Secretarias de Saúde de Vila Velha e de Vitória que normatizam as competências técnicas e legais desses profissionais. Em 2008 uma juíza chegou a suspender a Portaria de Vila Velha em ação movida pelo Sindicato dos Médicos do ES.
A Sexta Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, acolheu os argumentos da Procuradoria Geral do Conselho Federal de Enfermagem e declarou legal a Resolução do Cofen 195/97, que estabelece sobre o exercício profissional no que tange a exames de rotina e complementares por enfermeiros. A ação, proposta pelo Ministério Público Federal, visava buscar a anulação do ato normativo do Cofen, impedindo a correta aplicação da Lei 7.498/86.
A ação civil pública foi ajuizada com o objetivo de que fosse declarada a ilegalidade da Resolução nº 195/1997 do Conselho Federal de Enfermagem - Cofen, dos arts. 1º e 2º da Portaria nº 02/2006 da Secretaria Municipal de Saúde de Vila Velha, e do art. 3º, alínea 'c', da Portaria nº 018/2002 da Secretaria Municipal de Saúde de Vitória, para que os profissionais de enfermagem não exercessem as atividades de solicitação de exames ou prescrição de medicamentos.
O Ministério Público Federal (MPF), na petição inicial, alegou que a Lei nº 7.498/86, bem como o Decreto nº 94.406/87, que dispõem sobre a Regulamentação do Exercício de Enfermagem, não previam a possibilidade de os enfermeiros solicitarem exames de rotina e complementares ou prescreverem medicamentos. A apelação proposta pela Procuradoria do Cofen conseguiu reformar a sentença de primeiro grau e o Tribunal Regional Federal da 2ª Região expressamente reconheceu a improcedência das alegações apresentadas pelo Ministério Público Federal.
Em seu relatório, o TRF 2ª Região entendeu inexistir ilegalidade na Resolução do Cofen e nas Portarias dos Municípios de Vitória e Vila Velha. Declarou, igualmente, que a Resolução Cofen n° 195/97 obedece aos parâmetros legais e constitucionais. (Texto reproduzido do Portal Cofen).
Para o presidente do Conselho Regional de Enfermagem, Wilton José Patrício, "o enfermeiro tem um papel importante nos programas de prevenção e promoção da saúde, que é exatamente o modelo de saúde que desejamos ver em pleno funcionamento no país. Para isso é fundamental o trabalho das equipes profissionais, respeitadas suas competências técnicas e legais".
Em tempo:
Em outubro de 2008, atendendo solicitação do Sindicato dos Médicos do ES, a juíza Paula Cheim D'Avila Couto concedeu liminar suspendendo os efeitos da Portaria 01/2008, da Secretaria de Saúde de Vila Velha, que normatizava a consulta de enfermagem nas unidades de saúde do município. Agora, com a decisão do TRF, os enfermeiros voltam a atuar de acordo com suas prerrogativas legais previstas em lei federal.
No início de 2010 a Justiça Federal condenou o Conselho Regional de Medicina do ES a indenizar uma enfermeira do PSF de Vitória por danos morais. A ação foi movida pela profissional, após ter sido inocentada, também pelo TRF, em um processo aberto pelo CRM, que alegou exercício ilegal da medicina.
Durante uma visita domiciliar, a enfermeira solicitou exames preventivos e prescreveu um medicamento a uma moradora assistida pela equipe do PSF.
O procedimento tem amplo e indiscutível amparo na legislação vigente, que autoriza os enfermeiros a prescreverem medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde.
Portanto caros colegas cabe a nós enfermeiros, mostrarmos a nossa cara, e não entrarmos no grupo dos colegas que têm ciência de que eles próprios são os maiores responsáveis pela não realização da prescrição de enfermagem e pelo quadro de indefinições vivenciadas pela profissão nas instituições.
Diante disso mostra-se imprescindível a qualificação e capacitação dos profissionais que irão desempenhar esta função, através de cursos constantes de qualificação, dentre os quais a “educação continuada sobre o processo de enfermagem e a sistematização”.
Mas é necessário “sistematizar em todas as unidades; orientar aos trabalhadores da enfermagem a importância da mesma; resgatar o sentido da humanização do cuidado”. De grande utilidade também seriam as “visitas a outras instituições que façam este tipo de trabalho, para treinamento e capacitação dos enfermeiros, entre outros, deixando-os mais confiantes para exercer com qualidade esta atividade.
O Profissional de Enfermagem
"A Enfermagem ao longo dos anos vem sendo uma profissão comprometida com a saúde e a qualidade de vida da pessoa, família e coletividade.” O profissional de Enfermagem atua na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde, com autonomia e em consonância com os preceitos éticos e legais adscritos no código de ética da profissão.
O profissional de Enfermagem participa, como integrante da equipe multidisciplinar de saúde, das ações que visem a satisfazer as necessidades de saúde da população e da defesa dos princípios das políticas públicas de saúde e ambientais que garantam a universalidade de acesso aos serviços de saúde, integralidade da assistência, resolutividade, preservação da autonomia das pessoas, participação da comunidade, hierarquização e descentralização político-administrativa dos serviços de saúde.
O profissional de Enfermagem respeita a vida, a dignidade e os direitos humanos em todas as suas dimensões. Exerce suas atividades com competência para a promoção do ser humano na sua integralidade, de acordo com os princípios da ética e da bioética.
São profissionais de Enfermagem:Enfermeiros, técnicos e auxiliares de Enfermagem. Todos devidamente diplomados e que estejam com suas inscrições regularizadas.Tanto os profissionais quanto a sociedade em geral devem consultar o CÓDIGO DE ÉTICA, que ampara e também fiscaliza a atuação dos profissionais de Enfermagem.
terça-feira, 13 de julho de 2010
Informe aos Profissionais de ENFERMAGEM.
Foi aprovado em agosto/2009 o Projeto de Lei 4924/09, de autoria do deputado federal Mauro Nazif (PSB-RO) que dispõe sobre o Piso Salarial do Enfermeiro, do Técnico e do Auxiliar de Enfermagem.
De acordo com o texto original o piso salarial do Enfermeiro será de R$ 4.650,00 (quatro mil, seiscentos e cinquenta reais). No entanto, a proposta inicial foi modificada pelo relator para que 70% deste valor corresponda ao piso do técnico de Enfermagem e 50% ao do auxiliar. Inicialmente a definição era de 50% e 40%, respectivamente.
Em sua justificativa, o relator destacou a existência de abrigo constitucional da proposta, ao se referir ao inciso 5, artigo 7º, da Carta Magna, que assegura piso proporcional à extensão e complexidade do trabalho profissional, situação em que se enquadram os profissionais de Enfermagem.
Assim, agora o projeto fixa para o técnico de enfermagem um piso equivalente a R$ 3.255,00 (três mil, duzentos e cinquenta e cinco reais) e para o auxiliar de enfermagem e a parteira um piso equivalente a R$ 2.325,00 (dois mil, trezentos e vinte e cinco reais). A proposta altera a Lei 7.498/86, que regulamenta essas profissões. (Fonte: ABENFO - Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras). Mas, apesar dessa referência do piso salarial nacional, em Linhares os enfermeiros que trabalham para a prefeitura ganham um salário de R$ 909,00 (novecentos e nove reais) e os auxiliares de enfermagem ganham R$ 594,87 (quinhentos e noventa e quatro reais e oitenta e sete centavos).
Pelo jeito, a valorização dos profissionais não depende somente de projetos de lei, mas também de vontade política, de planos de carreira e de condições de trabalho que mantenham os profissionais motivados.
SAÚDE NO FOCO
De acordo com o texto original o piso salarial do Enfermeiro será de R$ 4.650,00 (quatro mil, seiscentos e cinquenta reais). No entanto, a proposta inicial foi modificada pelo relator para que 70% deste valor corresponda ao piso do técnico de Enfermagem e 50% ao do auxiliar. Inicialmente a definição era de 50% e 40%, respectivamente.
Em sua justificativa, o relator destacou a existência de abrigo constitucional da proposta, ao se referir ao inciso 5, artigo 7º, da Carta Magna, que assegura piso proporcional à extensão e complexidade do trabalho profissional, situação em que se enquadram os profissionais de Enfermagem.
Assim, agora o projeto fixa para o técnico de enfermagem um piso equivalente a R$ 3.255,00 (três mil, duzentos e cinquenta e cinco reais) e para o auxiliar de enfermagem e a parteira um piso equivalente a R$ 2.325,00 (dois mil, trezentos e vinte e cinco reais). A proposta altera a Lei 7.498/86, que regulamenta essas profissões. (Fonte: ABENFO - Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras). Mas, apesar dessa referência do piso salarial nacional, em Linhares os enfermeiros que trabalham para a prefeitura ganham um salário de R$ 909,00 (novecentos e nove reais) e os auxiliares de enfermagem ganham R$ 594,87 (quinhentos e noventa e quatro reais e oitenta e sete centavos).
Pelo jeito, a valorização dos profissionais não depende somente de projetos de lei, mas também de vontade política, de planos de carreira e de condições de trabalho que mantenham os profissionais motivados.
SAÚDE NO FOCO
Apresentação
Caros visitantes em breve estarei postando diversos artigos e dicas de saude como:
- Modos de administração de medicamentos não habituais na area de enfermagem
- Atendimentos de Urgência e Emergências
- Curiosidades da área de saúde
- Notícias de esportes
- Imagens e videos etc..
Assinar:
Postagens (Atom)