quinta-feira, 7 de julho de 2011

EMBOLIA PULMONAR


Embolia pulmonar ou Tromboembolismo pulmonar é a situação que ocorre quando um êmbolo oclui uma artéria pulmonar ou ramo desta. Êmbolo, neste caso, é algo que não tenha fluidez necessária para passar por todos os segmentos da circulação pulmonar. Por exemplo, se um coágulo se forma em uma veia da perna esquerda e se solta do seu local de origem, o fluxo do sangue o transportará. Ele sairá da veia original e subirá progressivamente até atingir a veia cava inferior. Seguirá então por dentro do coração, através do átrio direito e do ventrículo direito. Daí passará ao tronco da artéria pulmonar, as artérias pulmonares direita ou esquerda e a seus ramos progressivamente menos calibrosos. Quando atingir um ramo mais estreito que seu tamanho, o coágulo ali pára, interrompendo a circulação local. Os êmbolos podem ser coágulos sanguíneos, bolhas de gás ou gordura, entre outras possibilidades. O termo embolia pulmonar é usado quase como sinônimo de embolia por coágulo, já que é a situação mais comum.

Conseqüências

Quando uma embolia pulmonar ocorre subitamente, a circulação é interrompida em uma parcela do pulmão. Isto fará com que aumente a resistência a circulação do sangue e diminua a área de funcionamento normal do pulmão. O aumento da resistência sobrecarrega o coração. A diminuição da área de trocas gasosas leva a menor oxigenação do sangue. Conforme a situação prévia da pessoa que sofreu a embolia isto pode desde não ser percebido até provocar morte súbita. A maior parte das embolias é pequena e não é percebida

Fatores de Risco

-Imobilidade no leito; -Repouso prolongado; -Anestesia; -Insuficiência cardíaca; -Trombose venosa prévia; -Gravidez; -Imobilização de membros por gessos e ataduras; -Politraumatismos; -Faturas ósseas; -Inflamação; -Cirurgias de grande porte; -Queimaduras; -Infarto do miocárdio; -ICC; -Idade acima de 40 anos; -AVE -Parto e puerpério e; -Estados de hipercoagulabilidade.

Sintomas

Dependem do grau de prejuízo trazido ao funcionamento do organismo. Pode provocar falta de ar, em geral súbita, chiado de peito, tosse e cianose. Pode ocorrer taquicardia, dilatação das veias do pescoço, aumento de tamanho de fígado e baço, além de inchaço nas pernas. Como as próprias condições que facilitam a embolia têm sintomas semelhantes, nem sempre se consegue identificar o surgimento desta.


Tratamento

O tratamento busca diminuir as conseqüências, com medidas para melhorar a eficiência circulatória, diminuindo a sobrecarga cardíaca, e melhorar a eficiência pulmonar, com aumento da oxigenação do sangue. Também são feitas medidas para dificultar a formação de novos êmbolos, como com o uso de anticoagulantes ou usos de uma câmara de descompressão após embolia gasosa de mergulhadores.
SAUDE NO FOCO

segunda-feira, 13 de junho de 2011

DENGUE: Prova do Laço, como realizar o teste

Escrevo este post por me preocupar com a capacitação dos profissionais de enfermagem no quesito diagnóstico de dengue pela prova do laço ou (Prova de Rumpel-Leede) método que não serve por si só como diagnóstico mas que pode auxiliar no diagnóstico prévio, para isso é preciso que os profissionais que irão realizá-lo o façam corretamente, e na maioria das vezes cabe ao técnico em enfermagem a realização do mesmo. segue abaixo a técnica adequada.

A técnica da Prova do Laço tem sido  muito útil para o pré diagnóstico dos casos de suspeita de dengue.
Muito fácil de se realizar porém, infelizmente, por falta de preparo de muitos profissionais ela acaba não sendo realizada nos PSFs e unidades de saúde e muitas vezes acaba sendo realizada de forma incorreta produzindo um resultado errôneo . Com o aumento de casos de dengue no nosso País e considerando este procedimento de fácil realização segue abaixo o modo correto de realizar este procedimento.




Procedimento:
  • Medir a pressão arterial do usuário, seguindo as recomendações técnicas.
  • Desenhar no antebraço do paciente na área onde estava o manguito e abaixo da prega do cotovelo um quadrado medindo 2,5 cm X 2,5 cm.
  • Voltar a insuflar o manguito até o ponto médio entre a pressão máxima e a mínima (Ex: PA do paciente apresentou 120 por 80, então insuflar até 100 - que é a média entre 120 e 80).
  • O aperto do manguito não pode fazer desaparecer o pulso.
  • Aguardar por cinco minutos com manguito insuflado.
  • Orientar o usuário sobre o pequeno desconforto sobre o braço.
  • Em crianças o tempo é de 3 minutos.
  • Após cinco minutos "adulto", soltar o ar do manguito e retirá-lo do braço do paciente.
  • Procurar por petéquias (pequenas pintas vermelhas) dentro do quadrado desenhado.
  • Contar nessa área o número de petéquias.
  • Se contar 20 ou mais petéquias, considere a Prova do Laço POSITIVA. (adulto)
  • Em crianças 10 ou mais petéquias, considere a Prova do Laço POSITIVA.
Lembre-se sempre a vigilância epidemiológica do município deverá ser notificada de casos suspeitos ou confirmados através da ficha de notificação do ministério da saúde.
SAUDE NO FOCO
 

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Queimadura

As queimaduras são lesões na pele, provocadas geralmente pelo calor ou pelo frio, mas que podem também ser provocadas pela electricidade, por contacto com certos produtos químicos, por radiações, ou até por fricção.

 Extensão da queimadura

Com relação a sua extensão, calcula-se a área de superfície corporal queimada (SCQ) através da regra dos nove de Wallace. Nesta regra, cada braço tem 9% da SCQ, a cabeça outros 9%, tórax 9%, Abdômen 9%, dorso 18%, coxas 9% e pernas 9%, totalizando 99%. O 1% restante é o períneo. Para áreas pequenas, usa-se uma comparação da área queimada com a palma da mão do queimado: equivale a 1% da SCQ.
  • Queimaduras de segundo grau até 10% da superfície corporal geralmente podem ser tratadas ambulatorialmente, desde que não sejam em mãos, face ou articulações e não estejam complicadas com infecção.
As queimaduras maiores devem ser tratadas em Centros de Tratamentos de Queimados, com risco de morte aumentado conforme aumenta a área afetada. E uma importante causa de morte em crianças.

Profundidade da queimadura

As queimaduras são classificadas em quatro graus, conforme sua profundidade.
  • Queimadura de Primeiro Grau - queimadura superficial, atingindo apenas a primeira camada da pele - epiderme. Caracteriza-se por ser uma queimadura não exsudativa, dolorosa mas que regride em poucos dias. Como exemplo temos a queimadura solar.
  • Queimadura de Segundo Grau - queimadura mais profunda, vermelhidão e bolhas (" FLICTENAS ") e é muito dolorosa, porque há a exposição das raízes nervosas que foram atingidas.
  • Queimadura de Terceiro Grau - queimadura esbranquiçada, tão profunda que atinge os músculos e ossos. Os tecidos ficam negros e sem vida,("NECROSE") não há dor porque as terminações nervosas responsáveis pela sensibilidade à dor foram também queimadas. Nas bordas de uma queimadura de terceiro grau haverá queimaduras de primeiro e segundo grau.
  • Queimadura de Quarto Grau- é o que denominamos de carbonização, onde há perda total da estrutura e da função morfológica.

Prevenção

A curiosidade natural da criança a faz explorar o meio ambiente. A casa, em especial a cozinha, deve ser planejada e utilizada de forma a não permitir à criança o acesso ao perigo. Fósforos, líquidos inflamáveis e cabos de panelas e frigideiras no fogão são itens especialmente propensos aos acidentes com calor. Uma medida simples e que pode salvar muitas crianças é a de voltar o cabo de panelas e frigideiras para o lado de dentro do fogão. Assim sendo, o cabo ficará fora do alcance da criança.
Saiba como socorrer uma vítima de queimadura
Pessoas com queimaduras profundas podem correr sério risco de vida. Quanto maior a extensão, maiores os perigos para a vítima.  
Leve em conta que uma pessoa pode apresentar, ao mesmo tempo, queimaduras de terceiro, segundo e primeiro graus - e cada tipo de lesão pede um socorro específico.
É proibido...
passar gelo, manteiga ou qualquer coisa que não seja água fria no local, em qualquer caso. Também não se deve estourar bolhas ou tentar retirar a roupa colada à pele queimada.

O que NÃO se deve fazer
Passar pasta de dente, pomadas, ovo, manteiga, óleo de cozinha... apenas água fria é permitido. Gelo também não pode.
Furar as bolhas.
Retirar a pele morta
Arrancar a roupa grudada na área queimada
Apertar o ferimento
GRAUS DE QUEIMADURA ATENDIMENTO
Primeiro grau
As queimaduras deste tipo atingem apenas a epiderme, que é a camada mais superficial da pele. O local fica vermelho, um pouco inchado, e é possível que haja um pouco de dor. É considerada queimadura leve, e pede socorro médico apenas quando atinge grande extensão do corpo.

Como socorrer vítimas de queimadura de primeiro grau
1. Use água, muita água. É preciso resfriar o local. Faça isso com água corrente, um recipiente com água fria ou compressas úmidas. Não use gelo.
2. Depois de cinco minutos, quando a vítima estiver sentindo menos dor, seque o local, sem esfregar.
3. Com o cuidado de não apertar o local, faça um curativo com uma compressa limpa.
4. Em casos de queimadura de primeiro grau - e apenas nesse caso - é permitido e recomendável beber bastante água e tomar um remédio que combata a dor.
Segundo grau
Já não é superficial: epiderme e derme são atingidas. O local fica vermelho, inchado e com bolhas. Há liberação de líquidos e a dor é intensa. Se for um ferimento pequeno, é considerada queimadura leve. Nos outros casos, já é de gravidade moderada. É grave quando a queimadura de segundo grau atinge rosto, pescoço, tórax, mãos, pés, virilha e articulações, ou uma área muito extensa do corpo.

Como socorrer vítimas de queimadura de segundo grau
1. Use água, muita água. É preciso resfriar o local. Faça isso com água corrente, um recipiente com água fria ou compressas úmidas. Não use gelo.
2. Depois de cinco minutos, quando a vítima estiver sentindo menos dor, seque o local, sem esfregar.
3. Com o cuidado de não apertar o local, faça um curativo com uma compressa limpa.
Terceiro grau
Qualquer caso de queimaduras de terceiro grau é grave: elas atingem todas as camadas da pele, podendo chegar aos músculos e ossos. Como os nervos são destruídos, não há dor - mas a vítima pode reclamar de dor devido a outras queimaduras, de primeiro e segundo grau, que tiver. A aparência deste tipo de ferimento é escura (carbonizada) ou esbranquiçada.

Como socorrer vítimas de queimadura de terceiro grau
1. Retire acessórios e roupas, porque a área afetada vai inchar. Atenção: se a roupa estiver colada à área queimada, não mexa!
2. É preciso resfriar o local. Faça isso com compressas úmidas. Não use gelo.
3. Nas queimaduras de terceiro grau pequenas (menos de cinco centímetro de diâmetro) - só nas pequenas! - você pode usar água corrente ou um recipiente com água fria. Cuidado com o jato de água - ele não deve causar dor nem arrebentar as bolhas.
4. Atenção: a pessoa com queimadura de terceiro grau pode não reclamar de dor e, por isso, se machucar ainda mais - como dizer que o jato de água não está doendo, por exemplo.
5. Se a queimadura tiver atingido grande parte do corpo, tenha o cuidado de manter a vítima aquecida.
6. Com o cuidado de não apertar o local, faça um curativo com uma compressa limpa. Em feridas em mãos e pés, evite fazer o curativo você mesmo, porque os dedos podem grudar um nos outros. Espere a chegada ao hospital.
7. Não ofereça medicamentos, alimentos ou água, pois a vítima pode precisar tomar anestesia e, para isso, estar em jejum.
8. Não perca tempo em levar a vítima para o hospital. Ela pode estar tendo dificuldades para respirar.

Atendimento psicológico

Todo paciente queimado encontra-se em um estado de extrema dor exterior e interior. Portanto, cabe à equipe de saúde cuidar de suas feridas, mas dar atenção também às suas queixas interiores. O paciente começa a se achar feio e passa a odiar sua imagem no espelho, pois a queimadura causa lesões, às vezes, irreversíveis na pele e deixa marcas, às vezes, permanentes.
SAUDE NO FOCO.

terça-feira, 19 de abril de 2011

SAIBA TUDO SOBRE A CONJUNTIVITE.

Neste período do ano, é comum haver maior número de casos de conjuntivite em todo o País, em nossa cidade (Linhares-ES). Nota-se o aumento do numero de pacientes nos postos de saúde e pronto atendimento dos hospitais bem como os atestados médicos que as empresas e escolas recebem neste período, foto necessário, pois trata-se de uma doença infecto contagiosa que dependendo da evolução pode trazer sérias conseqüências para saúde.


A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva ocular, membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular (o branco dos olhos) e o interior das pálpebras. Pode atacar os dois olhos, durando de uma semana a quinze dias e não costuma deixar sequelas. Podem ser ocasionadas por fatores alérgicos, irritativos ou infecciosos e cada um deles necessita de tratamento específico. O olho torna-se vermelho, edematoso, lacrimejante, com sensação de corpo estranho, às vezes com secreção. A doença é relacionada aos hábitos de higiene dos indivíduos. Pode ocorrer também em animais.

Em geral existem vários tipos de conjuntivite
A conjuntivite infecciosa é transmitida, mais freqüentemente, por vírus, fungos ou bactérias e pode ser contagiosa. O contágio se dá, nesse caso, pelo contato. Assim, estar em ambientes fechados com pessoas contaminadas, uso de objetos contaminados, contato direto com pessoas contaminadas ou até mesmo pela água da piscina são formas de se contrair a conjuntivite infecciosa. Quando ocorre uma epidemia de conjuntivite, pode-se dizer que é do tipo infecciosa.
A conjuntivite viral geralmente é causada por um adenovírus, mas também pode ser transmitida por enterovirus tipo 70 (conjuntivite hemorrágica) e coxsackie A4 (conjuntivite hemorrágica). É muito comum em escolas, local de trabalho, consultórios médicos, ou seja todo local fechado, com contato íntimo entre pessoas. O diagnóstico é realizado pelas características clínica. O tratamento consiste na utilização de compressas frias, vasoconstritor tópico e lágimas artificiais. A propagação do vírus dura até 14 dias após o início dos sintomas.
A conjuntivite bacteriana caracteriza-se por ser purulenta. Geralmente são causadas por Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus aureus e Haemophilus influenzae. Estes tipos são tratados com antibióticos tópicos de expectro ampliado (cloranfenicol, neomicina, etc).
Um tipo, chamada de conjuntivite gonocócica, é causada por Neisseria gonorrhoeae que é sexualmente transmissível. Pode ser transmitida na hora do parto, mas é rara pois costuma-se aplicar uma gota de nitrato de prata 1% no saco conjuntival. É tratata com antibióticos sistêmicos e oculares.
A conjuntivite de inclusão é causada por Chlamydia trachomatis sorotipo D-K, pertencente ao trato genital do adulto. Possui uma duração maior e acomete geralmente jovens sexualmente ativos. Trata-se com azitromicina ou doxiciclina.
A conjuntivite fúngica é mais rara de ocorrer. Geralmente acontece quando uma pessoa é acidentada com madeira nos olhos ou utiliza lente de contato.
A conjuntivite alérgica é aquela que ocorre em pessoas predispostas a alergias (como quem tem rinite ou bronquite, por exemplo) e geralmente ocorre nos dois olhos. Esse tipo de conjuntivite não é contagiosa, apesar de que pode começar em um olho e depois se apresentar no outro. Pode ter períodos de melhoras e reincidências, sendo importante a descoberta da causa da conjuntivite alérgica.
É benigna por não envolver a córnea. Ocorre geralmente em regiões de clima mais frio. O alérgeno mais comum é o pólen. São tratadas com anti-histamínicos e estabilizadores de mastócitos.
A conjuntivite papilar gigante é causada, sobretudo, por uso de lentes de contato.
A conjuntivite tóxica é causada por contato direto com algum agente tóxico, que pode ser algum colírio medicamentoso ou alguns produtos de limpeza, fumaça de cigarro e poluentes industriais. Alguns outros irritantes capazes de causar conjuntivite tóxica são poluição do ar, sabão, sabonetes, spray, maquiagens, cloro e tintas para cabelo. A pessoa com conjuntivite tóxica deve se afastar do agente causador e lavar os olhos com água abundante. Se a causa for medicamentosa é necessário a suspensão do uso, sempre seguindo uma orientação médica.
Medidas de prevenção e controle
• Lavar as mãos frequentemente;
• Evitar aglomerações ou frequentar piscinas de academias ou clubes e praias;
• Lavar com frequência o rosto e as mãos, uma vez que estas são veículos importantes para a transmissão de microrganismos patogénicos;
• Não coçar os olhos;
• Aumentar a frequência com que troca as toalhas do banheiro e sabonete ou use toalhas de papel para enxugar o rosto e as mãos;
• Trocar as fronhas dos travesseiros diariamente enquanto perdurar a crise;
• Não compartilhar o uso de esponjas, rímel, delineadores ou de qualquer outro produto de beleza;
• Evitar contato direto com outras pessoas;
• Não ficar em ambientes onde há bebês;
• Não usar lentes de contato durante esse período;
• Evitar banhos de sol;
• Evitar luz, pois essa pode fazer com que o olho contaminado venha a doer mais.
Tratamento
• Para melhor poder diagnosticar a causa da conjuntivite, é de todo aconselhável a ida a um serviço de urgência oftalmológico, onde o médico poderá retirar uma amostra (através de zaragatoa) das secreções purulentas produzidas pelos olhos, que será analisada a nível bacteriológico, fungal e viral na tentativa de descobrir qual o agente causador da conjuntivite. A prescrição de antibióticos para conjuntivites virais não tem qualquer efetividade e é incorreta, visto que, vírus não podem ser mortos pela ação destes tipos de medicamentos.
• É utilizado gaze e água filtrada ou mineral, ou ainda soro fisiológico, para limpar as casquinhas que se formam em volta do olho. Água boricada não é mais indicada pelos médicos para esse tipo de tratamento.
• Não deve ser tocado com a superfície das embalagens no olho ou pálpebra quando da aplicação, para evitar a contaminação das soluções (colírios e pomadas);
• No caso do agente causador, o médico poderá prescrever um tratamento com antibiótico (em caso de bactérias), antifungo (em caso de fungo) ou antiviral (em caso de vírus), que será diferente consoante o tipo e o grau de resistência do agente que causa a doença;
Referências
1. GONSALVES, Paulo Eiró. Tudo sobre a crianças: perguntas e respostas. São Paulo: IBRASA, 2003
2. LOPES, Antônio Carlos
3. Boa Saúde UOL. Conjuntivite. Acesso em 24 de março de 2011
SAUDE NO FOCO

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Atenção Técnicos em Enfermagem:


Já estão abertas as matrículas para especialização em ENFERMAGEM DO TRABALHO no Colégio Cristo rei Escola Técnica. Aproveitem o momento e as oportunidades de emprego nesta área que vem crescendo ano após ano.

sábado, 12 de março de 2011

Já estão abertas as matriculas para o CURSO SUPORTE BÁSICO À VIDA (APH) SOCORRISTA TRAINEE;


O curso sera realizado nos dias 17 e 18  de Setembro, o instrutor sera: Fábio Loiola da empresa Oficina da Vida Brasil  do Rio de Janeiro (www.oficinadavidabrasil.com) a empresa fornecerá certificado e carteirinha de socorrista trennee. Inscrições podem ser feitas com o Coord. José Luiz (HGL).

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Resumo das alterações no protocolo de atendimento em RCP, novo método CAB.

1-Importante frisar que não houve mudança no que se diz respeito aos ciclos. Tudo continua na mesma.

O que devemos ter em mente é que a mudança se restringe a 2 pontos:1- Mudança na Atuação, ou seja, em caso se deparar com vítima em PCR, deve-se primeiro começar a RCP.
2- Não se faz mais a insuflação boca a boca. Isso quer dizer que não é PROIBIDO, não é mais RECOMENDADO.



Para ACE ( atendimento cardiovascular de emergência) o protocolo diz: CAB. Compressão, depois abertura de vias aéreas e em seguida respiração.

Vou aqui tentar esclarecer alguns pontos que causam dúvidas
A taxa de compressão continua 2x30, ou seja usando um ambú ou seja fazendo respiração artificial com uso de máscara de proteção. Uma das grandes dúvidas é onde se encaixa a questão das 100 compressões por minuto. Vale esclarecer que a expressão "No mínimo 100 compressões por minuto" refere-se a velocidade e não em compressão absoluta, ou seja, as 30 compressões serão feitas numa velocidade que ao final de um minuto, tenham sido feitas no mínimo 100 compressões.

No protocolo da AHA em 2005, a recomendação era de se fazer as compressões numa velocidade de no máximo de 100 por minuto.

Vamos dar um resumo de como se atuar nas ACE's:

1- Caso se depare com a vítima em PCR, e esteja sozinho, primeiramente peça por ajuda, solicitando que uma outra pessoa faça uma ligação para uma Central de Emergência, de preferência a do SAMU, pois com a devida entrevista, a Central deve de imediato enviar uma unidade ALFA, com médico.

2- Faça apenas compressões, não perca tempo tentando insuflar a vítima. Continue fazendo as compressões até a chegada da unidade de socorro;

3- Caso faça parte de uma equipe de socorro, o socorrista 01, verifica o pulso caratídeo, pois é esse pulso que se deve verificar em vítimas inconscientes, caso seja verificado PCR, inicia-se as compressões enquanto o socorrista 02 abre vias aéreas manualmente e prepara o ambú para já no segundo ciclo faça as 2 insulflações. A taxa será de 2 insulflações com o ambú e 30 compressões na velocidade

4- Na chegada de uma unidade avançada de socorro, a mesma fará uma abertura de via aérea avançada e a taxa será de 1 insuflação a cada 6 ou 8 segundos ASSÍNCRONAS com as 30 compressões na velocidade de 100 compressões no minuto por minuto. Caso a PCR seja chocável, ou seja, fibrilação ventricular ou uma taquicardia ventricular, deverá ser feito o uso do DEA, onde o mesmo será colocado na vítima e se o DEA reconhecer que a PCR seja chocável, o mesmo irá aplicar um choque a cada 2 minutos e nesse intervalo, o socorrista deverá manter as compressões e o suporte ventilatório.

5- GLOSSÁRIO:

ASSÍCRONAS: Que não está na mesma sincronia, ou seja, nesse caso, enquanto a compressão está rápida as insuflações não estão na mesma sincronia;

VIA AÉREA AVANÇADA: Via Aérea aberta através de método mecânico: intubador endotraqueal, cânula orofaríngea; Método Cirurgico: Traqueostomia e CRICOTIROIDOSTOMIA.


RESUMO DAS TAXAS

ADULTO: 2 INSUFLAÇÕES X 30 COMPRESSÕES, na velocidade de no mínimo 100 por minuto;
Com abertura de vias aéreas avançadas 1 insuflação a cada 6 ou 8 segundos x 30 compressões;

CRIANÇA: Mesma taxa de adulto.

RECÉM NASCIDO: Com 1 socorrista segue a mesma taxa de adulto e com 2 socorristas 2 insuflações x 15 compressões.

Fonte: American Heart Association
SAUDE NO FOCO

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

HIPOTIREOIDISMO TIROU RONALDO DO FUTEBOL?


Ontem dia 14/02/2011 nos despedimos de Ronaldo “o fenômeno” como ficou conhecido este craque da bola, indiscutivelmente um dos melhores jogados de área do Brasil nos últimos tempos, assim como Romário que também foi um gênio da pequena área encerrou a carreira alegando que o corpo não mais acompanha a mente no desempenho das jogadas, porém diferente de Romário, Ronaldo alega que o motivo principal e já conhecido é a dificuldade em entrar em forma, o craque nos últimos anos era motivo de chacota devido ao seu peso excessivo e inadequado para a profissão.
Em um trecho da entrevista de ontem ele atribui a dificuldade em diminuir o peso e até controlá-lo a uma doença conhecida como hipotireoidismo, abaixo descrevo a doença com seus sinais e sintomas, que até coincidem com os sintomas referidos pelo craque, porém se tratada a doença, o atleta pode executar atividades normais mesmo sendo de alto nível.
Hipotireoidismo é um distúrbio que cursa com a falta de hormônio da tireóide (“tireóide preguiçosa”). É a doença mais comum da tireóide. Ocorre mais freqüentemente em mulheres que em homens cerca de 4 / 1, é mais comum em pessoas de mais idade, e pode ter uma característica familial (atingir vários membros de uma mesma família).
Principais sinais e Sintomas do distúrbio
O hipotireoidismo pode ter vários sintomas, visto que os hormônios da tireóide são importantes para regular o funcionamento de praticamente todos os órgãos e sistemas do corpo. Quando os níveis de hormônios tireoidianos (T3 e T4) se tornam anormalmente baixos por algum motivo, todos os processos do corpo se tornam mais lentos. Por isso, os sintomas do hipotireoidismo incluem:
1.       cansaço excessivo;
2.       desânimo, ou até mesmo depressão;
3.       raciocínio lento;
4.       fala arrastada;
5.       sensação de frio excessivo;
6.       ganho de peso (geralmente, em torno de 3 a 5 Kg);
7.       pele seca e cabelos finos e quebradiços;
8.       inchaço nas pernas ou ao redor dos olhos;
9.       pouca sudorese;
10.    intestino preso e digestão lenta;
11.    irregularidade das menstruações (às vezes, sangramento excessivo);
12.    infertilidade;
13.    batimento lento do coração (menos que 60 batimentos por minuto);
14.    aumento do colesterol.
Esses sintomas não são exclusivos do hipotireoidismo. Ou seja, vários outros problemas de saúde podem causar sintomas bastante semelhantes aos do hipotireoidismo. Por isso, algumas vezes os sintomas são atribuídos a outras doenças que podem apresentar algumas manifestações semelhantes, tais como: anemia, depressão e deficiência de vitaminas, e o diagnóstico de hipotireoidismo pode ser feito anos após o início das queixas do paciente. Felizmente, hoje em dia os médicos conhecem melhor as características do hipotireoidismo e fazem o diagnóstico mais precocemente.
Quais são as causas do hipotireoidismo?
Nos adultos, a causa mais comum de hipotireoidismo é um distúrbio chamado tireoidite de Hashimoto, ou simplesmente doença de Hashimoto. Nessa doença, o sistema de defesa do organismo (sistema imunológico) ataca a glândula tireóide e causa dano a essa glândula, comprometendo a sua capacidade de produzir hormônios tireoidianos. Por isso, a doença de Hashimoto faz parte de um grupo de doenças chamadas auto-imunes.
O hipotireoidismo pode ser causado também por tratamentos médicos que reduzem a capacidade da tireóide produzir hormônio, como, por exemplo: o uso de iodo radioativo (para tratamento de hipertireoidismo, que é o oposto do hipotireoidismo) ou a cirurgia, com retirada parcial ou total da tireóide (para tratamento de outros problemas nessa glândula). Leia mais sobre hipertireoidismo clicando aqui.
Outra causa de hipotireoidismo, bastante rara, é a presença de alguma doença da hipófise, levando à redução da produção do TSH, o hormônio que estimula o funcionamento da tireóide. Algumas medicações também podem levar à redução da produção ou da ação dos hormônios tireoidianos e, portanto, provocar hipotireoidismo (por exemplo: amiodarona, xaropes para tosse contendo iodo, carbonato de lítio).
Há casos, ainda, em que a tireóide não se desenvolve adequadamente e a criança apresenta deficiência de hormônios tireoidianos desde o nascimento; é o chamado hipotireoidismo congênito, que geralmente é diagnosticado já no berçário através do teste do pezinho.

Quais as conseqüências do hipotireoidismo?
Em adultos, o hipotireoidismo (se não for tratado corretamente) leva a uma significativa redução da sua performance física e mental, além de poder causar elevação dos níveis de colesterol, que aumentam as chances de algum problema cardíaco. Além disso, o hipotireoidismo severo, sem tratamento, pode evoluir ao longo do tempo até uma situação dramática e com grande risco de vida, o chamado coma mixedematoso, que se apresenta como redução da temperatura corporal, perda de consciência e mau funcionamento do coração.
O diagnóstico de hipotireoidismo é especialmente importante quando é feito durante a gestação, pois a falta de hormônios tireoidianos pode afetar profundamente o desenvolvimento do bebê, provocando retardo mental e atraso do crescimento. No entanto, esses problemas para o bebê são prevenidos pelo tratamento precoce da mãe com a reposição de hormônio tireoidiano.

Como é feito o diagnóstico de hipotireoidismo?
Geralmente o diagnóstico é confirmado através de um simples exame de sangue. Os exames que ajudam no diagnóstico do hipotireoidismo são: a dosagem de TSH (que é um hormônio produzido pela hipófise, e que estimula o funcionamento da tireóide), e a dosagem de hormônios tireoidianos (T4 e T3).
Classicamente, o diagnóstico de hipotireoidismo é feito quando o paciente apresenta TSH aumentado e T4 baixo no sangue. Entretanto, em casos muito leves de hipotireoidismo, ou quando este está apenas no início, pode-se encontrar TSH aumentado com T4 normal. Ou seja, o nível de TSH aumenta antes que o nível de T4 caia abaixo do normal. Essa situação, em que o TSH está elevado com T4 normal, é chamada de hipotireodismo subclínico. Entre os dois exames de sangue, o TSH é o mais importante, já que o T4 pode variar mais de um dia para o outro ou de uma coleta para a outra; por isso o médico vai prestar mais atenção ao TSH do que ao T4 para fazer o diagnóstico de hipotireoidismo.
TIREÓIDE NORMAL
TSH e T4 normais
HIPOTIREOIDISMO INICIAL OU LEVE (SUBCLÍNICO)
TSH alto e T4 normal
HIPOTIREOIDISMO INSTALADO (CLÍNICO)
TSH alto e T4 baixo
Outro exame que pode trazer alguma informação é a dosagem de anticorpos contra a tireóide, que geralmente estão aumentados quando a causa de hipotireodismo é a doença de Hashimoto. Os anticorpos que podem ser dosados em laboratório são o anti-tireoperoxidase (ou anti-TPO) e o anti-tireoglobulina (ou anti-TG).
Como é tratado o hipotireoidismo?
O hipotireoidismo é a falta de hormônio tireoidiano. Portanto, o tratamento é feito com a reposição desse hormônio, na forma de comprimidos tomados por via oral. A medicação de escolha é a levotiroxina, que é uma forma farmacológica do hormônio T4. Depois do início da medicação, o paciente comumente leva cerca de 2 semanas para sentir uma melhora importante dos sintomas do hipotireoidismo (podendo ser um pouco mais em casos mais graves).
A levotiroxina deve ser tomada todos os dias, pela manhã, para reproduzir o funcionamento normal da tireóide. Um cuidado importante é tomá-la em jejum (no mínimo 30 minutos antes do café da manhã), porque a ingesta de alimentos junto com a medicação diminui muito a sua absorção pelo intestino e, portanto, a sua eficácia.
Existem várias marcas de levotiroxina no mercado brasileiro, e todas são igualmente efetivas. No entanto, pode haver pequenas diferenças de ação entre uma marca e outra. Por isso, quando uma pessoa começou a usar uma marca de levotiroxina, deve preferencialmente continuar com a mesma marca (a não ser que o médico resolva trocar a medicação por algum motivo). Outro cuidado importante com a levotiroxina é que ela não deve ser manipulada, porque os comprimidos contêm quantidades muito pequenas do hormônio tireoidiano e nem sempre as farmácias de manipulação conseguem colocar a quantia exata do hormônio dentro das cápsulas.
Na maioria das vezes, as pessoas que têm hipotireoidismo precisam fazer o tratamento com levotiroxina para o resto da vida, mas em alguns casos a tireóide volta a funcionar normalmente depois de alguns meses. Se, por algum motivo, a medicação precisar ser trocada, é importante checar os níveis de TSH com exames de sangue após a troca do remédio, para garantir que a dose está sendo adequada.
Existem comprimidos de levotiroxina com várias doses diferentes, disponíveis nas farmácias (25, 50, 75, 88, 100, 112, 125, 150, 175 e 200mcg). O ajuste da dose da medicação é feito com base nas dosagens de TSH, o qual deve ser mantido dentro dos valores normais se possível. Se as doses de levotiroxina estiverem muito baixas para as necessidades do paciente, este pode não sentir melhora dos sintomas do hipotireoidismo ou voltar a apresentá-los. Se as doses estiverem muito altas, o paciente pode desenvolver hipertireoidismo (excesso de hormônio tireoidiano), que leva, a longo prazo, a enfraquecimento dos ossos, funcionamento anormal do coração e arritmias cardíacas, entre outros problemas. (Leia mais sobre hipertireoidismo clicando aqui.)
A necessidade de levotiroxina pode flutuar ao longo do tempo, dependendo de fatores como: outras doenças, gravidez, menopausa e uso de outras medicações. Por essa razão, é recomendável que o paciente com hipotireoidismo seja acompanhado regularmente por um médico, com exames de TSH e ajuste da dose da medicação se necessária.

Então, quem tem hipotireoidismo é uma pessoa doente para a vida toda?
Pessoas com hipotireoidismo precisam fazer o tratamento correto, com o uso diário de levotiroxina na dose mais adequada para sua situação. Se estiverem usando a medicação regularmente, e dessa forma mantendo os níveis de TSH dentro dos valores normais, elas podem ter uma vida saudável, feliz e completamente normal.
No entanto, se o hipotireoidismo não for tratado corretamente, ele pode se tornar um problema sério de saúde, comprometer a capacidade da pessoa realizar suas tarefas e até mesmo representar um risco de vida em casos extremos.

                Em que casos uma pessoa deve fazer exames para avaliar a tireóide?
Nem todas as pessoas precisam fazer exames de sangue para avaliar se a tireóide está funcionando corretamente. O médico é quem determina se alguém precisa ou não fazer uma dosagem de TSH, mas existem algumas situações em que é necessária essa avaliação, como, por exemplo:
1.       sintomas sugestivos de hipotireoidismo ou hipertireoidismo;
2.       outras pessoas na família com doenças da tireóide;
3.       gravidez.
Alguns especialistas recomendam ainda que todas as mulheres com mais de 60 anos deveriam fazer pelo menos um exame de TSH, mesmo na ausência de sintomas, visto que o hipotireoidismo é muito comum nesse tipo de população, mas este ainda é um assunto controverso.
Adaptado de texto da The Hormone Foundation www.hormone.org
SAUDE NO FOCO



sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Curiosidade, O que fazer em casos de soluço

Resolvi escrever sobre esse tema que julgo curioso por envolver tanto a ciência quanto a crença popular que nos traz algumas soluções meio estranhas, mas que juram que resolvem esse desconfortável e às vezes inoportuno evento que atinge não só o homem, mas também alguns animais. Sendo assim vamos compreender esse evento.
O soluço resulta de um estímulo involuntário de músculos relacionados com a respiração, principalmente o diafragma (calota muscular que divide o tórax do abdômen), levando a uma inspiração rápida e curta, não sincronizada com o ciclo respiratório.

Na grande maioria das vezes o soluço causa não mais do que um desconforto com duração de poucos minutos. No entanto, certas vezes, os soluços podem permanecer por várias horas ou dias, levando a busca de atendimento médico.

Apesar de não haver um mecanismo conhecido para o início de um episódio de soluço, certas situações são descritas como causas corriqueiras de soluço.

Vejamos alguns exemplos :

• distensão gástrica pela ingesta de bebidas com gás (refrigerantes),

• deglutição de ar ou alimentação em grande volume,

• mudanças súbitas de temperatura de alimentos ingeridos ou mesmo da pele (sauna-ducha gelada),

• ingesta de álcool, e gargalhadas.

Situações de soluços persistentes ou recorrentes já foram relacionadas a mais de uma centena de causas.

Causas neurológicas:

• Traumatismo (acidentes de carro), acidente vascular cerebral ("derrame"), tumor cerebral.
Causas metabólicas:

• Insuficiência renal com altos níveis de uréia sangüínea, respiração rápida levando a diminuição de dióxido de carbono no sangue, excesso ou falta de íons (K, Na, por exemplo). Estímulo direto ao nervo vago: Objetos acidentalmente introduzidos no ouvido, aumento da tireóide, tumores no trajeto do nervo vago na cabeça, pescoço, tórax ou abdômen, pneumonias, infarto, esofagite, hepatites e pancreatites.

Causas cirúrgicas:

• Anestesia geral e estado pós-anestésico

Muitas vezes a causa do soluço não pode ser descoberta.
Algumas manobras podem ser úteis na resolução de quadros agudos e benignos de soluço. Entre elas estão a tração da língua, elevação da úvula ("sininho" da garganta) com uma colher, ingesta de uma colher de açúcar, trancar a respiração, assoar o nariz, dobrar as pernas sobre o abdômen, inspiração rápida (como ocorre quando levamos um susto) e alívio da distensão abdominal por eructação (arroto) ou sonda nasogástrica.

Quando o soluço chega a motivar procura de assistência médica, geralmente já está presente há pelo menos várias horas ou dias. Nesse caso, as causas acima mencionadas de soluço persistente devem ser investigadas.

A ordem da investigação será orientada pela presença ou não de sintomas concomitantes ao soluço que possam indicar uma causa.

A avaliação inclui um exame neurológico detalhado, seguido de exames básicos de sangue e radiografia de tórax. Não sendo encontrada a causa e permanecendo com o sintoma, a avaliação prossegue com tomografias de crânio, tórax e abdômen, ecocardiografia, broncoscopia e endoscopia digestiva.

Se uma causa é descoberta, o tratamento deve ser direcionado à causa. Se não é descoberta ou se o tratamento não é possível, certas medicações, geralmente de natureza sedativa podem ser usadas. Pela sua natureza, essas medicações sempre exigem avaliação específica do caso em questão e prescrição médica.

Seguem algumas dicas de Luciana Camacho-Lobato, chefe do setor de Motilidade Digestiva da Unifesp, para fazer o soluço parar:

• Beba água fria lentamente;

• Respire fundo e prenda o ar o máximo que puder;

• Faça gargarejos com água durante um ou dois minutos;

• Coma açúcar, miolo de pão, gelo moído ou uma fatia de limão;

• Respire repetidamente num saco de papel;

• Puxe sua língua para provocar reações de vômito;

• Coce o céu da boca com um cotonete de algodão;

• Erga os joelhos até o peito e incline-se;

• Tome o bom e velho susto! Parece crendice popular, mas funciona.

NOTA: Comente o que achou do post e se acaso utilizou alguma das técnicas mencionadas e se foram eficazes.

SAUDE NO FOCO





segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

APENDICITE


A apendicite é inflamação do apêndice.
O apêndice é uma pequena estrutura tubular em forma de dedo que se projeta do intestino grosso próximo do ponto onde este une-se ao intestino delgado. O apêndice pode ter alguma função imune não muito bem descrita em literaturas, acredita-se que sua função imune seja pequena a ponto de não ser tido como órgão essencial.
Com exceção das hérnias encarceradas, a apendicite é a causa mais comum de dor abdominal súbita e intensa e de cirurgia abdominal nos Estados Unidos. A apendicite é mais comum entre os 10 e 30 anos de idade.
A causa da apendicite não é totalmente compreendida. Na maioria dos casos, é provável que uma obstrução no interior do apêndice desencadeie um processo no qual ele torna-se inflamado e infectado.
Se a inflamação persistir sem tratamento, o apêndice pode romper. Um apêndice roto permite o extravasamento do conteúdo intestinal rico em bactérias para o interior da cavidade abdominal, causando a peritonite, a qual pode acarretar uma infecção potencialmente letal.
A ruptura também pode provocara formação de um abcesso. Na mulher, podem ocorrer infecção dos ovários e das tubas uterina se a conseqüente obstrução das tubas uterinas pode causar infertilidade.
O apêndice roto também pode permitir que as bactérias invadam acorrente sangüínea e produzam uma septicemia, que também é potencialmente letal.

Sintomas

Menos de metade dos indivíduos com apendicite apresenta a combinação de sintomas característicos: náusea, vômito e dor intensa na fossa ilíaca direita (região abdominal inferior direita). A dor pode iniciar subitamente na região abdominal superior ou em torno da cicatriz umbilical. A seguir, o indivíduo apresenta náusea acompanhada de vômito e ainda perda de apetite. Após algumas poucas horas, a náusea cessa e a dor localiza-se na fossa ilíaca direita.
Quando o médico pressiona essa área, ela dói, e quando a pressão é aliviada, a dor aumenta abruptamente (sinal da descompressão positivo ou sensibilidade de rebote). Uma febre de 37, 7 °C a 38, 3 °C é comum.
A dor, particularmente em lactentes e crianças, pode ser generalizada e não restrita à fossa ilíaca direita. Em idosos e gestantes, a dor normalmente é menos intensa e a área é menos sensível. No caso de ruptura do apêndice, a dor e a febre podem tornar-se intensas.
O agravamento da infecção pode levar ao choque séptico.

Diagnóstico e Tratamento

O hemograma revela um aumento moderado dos leucócitos (glóbulos brancos) (leucometria) em resposta à infecção.
Normalmente, nas fases iniciais da apendicite, a maioria dos exames (incluindo as radiografias, a ultrasonografia e a TC) não é útil. Comumente, o médico baseia o diagnóstico nos achados do exame físico. A cirurgia é imediatamente realizada para evitar a ruptura do apêndice, a formação de um abcesso ou a peritonite (inflamação do revestimento da cavidade abdominal). Em aproximadamente 15% das cirurgias de apendicite, o apêndice encontra-se normal.
Contudo, postergar a sua realização até o médico ter certeza da causa da dor abdominal pode ser fatal. Um apêndice infectado pode romperem menos de 24 horas após o início dos sintomas. Mesmo quando a apendicite não é a causa do quadro apresentado pelo paciente, o apêndice é normalmente retirado.
A seguir, o médico examina a cavidade abdominal e tenta determinar a causa real da dor.
Com a cirurgia precoce, a chance de óbito devido a uma apendicite é muito pequena.
O indivíduo comumente pode deixar o hospital em 2 a 3 dias e a sua recuperação é normalmente rápida e completa.
No caso de um apêndice roto, o prognóstico é mais grave. Há cinqüenta anos, a ruptura era freqüentemente fatal. Os antibióticos reduziram a taxa de mortalidade para quase zero, mas, em certos casos, podem ser necessárias várias operações e uma longa convalescença.

SAUDE NO FOCO