sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Resumo das alterações no protocolo de atendimento em RCP, novo método CAB.

1-Importante frisar que não houve mudança no que se diz respeito aos ciclos. Tudo continua na mesma.

O que devemos ter em mente é que a mudança se restringe a 2 pontos:1- Mudança na Atuação, ou seja, em caso se deparar com vítima em PCR, deve-se primeiro começar a RCP.
2- Não se faz mais a insuflação boca a boca. Isso quer dizer que não é PROIBIDO, não é mais RECOMENDADO.



Para ACE ( atendimento cardiovascular de emergência) o protocolo diz: CAB. Compressão, depois abertura de vias aéreas e em seguida respiração.

Vou aqui tentar esclarecer alguns pontos que causam dúvidas
A taxa de compressão continua 2x30, ou seja usando um ambú ou seja fazendo respiração artificial com uso de máscara de proteção. Uma das grandes dúvidas é onde se encaixa a questão das 100 compressões por minuto. Vale esclarecer que a expressão "No mínimo 100 compressões por minuto" refere-se a velocidade e não em compressão absoluta, ou seja, as 30 compressões serão feitas numa velocidade que ao final de um minuto, tenham sido feitas no mínimo 100 compressões.

No protocolo da AHA em 2005, a recomendação era de se fazer as compressões numa velocidade de no máximo de 100 por minuto.

Vamos dar um resumo de como se atuar nas ACE's:

1- Caso se depare com a vítima em PCR, e esteja sozinho, primeiramente peça por ajuda, solicitando que uma outra pessoa faça uma ligação para uma Central de Emergência, de preferência a do SAMU, pois com a devida entrevista, a Central deve de imediato enviar uma unidade ALFA, com médico.

2- Faça apenas compressões, não perca tempo tentando insuflar a vítima. Continue fazendo as compressões até a chegada da unidade de socorro;

3- Caso faça parte de uma equipe de socorro, o socorrista 01, verifica o pulso caratídeo, pois é esse pulso que se deve verificar em vítimas inconscientes, caso seja verificado PCR, inicia-se as compressões enquanto o socorrista 02 abre vias aéreas manualmente e prepara o ambú para já no segundo ciclo faça as 2 insulflações. A taxa será de 2 insulflações com o ambú e 30 compressões na velocidade

4- Na chegada de uma unidade avançada de socorro, a mesma fará uma abertura de via aérea avançada e a taxa será de 1 insuflação a cada 6 ou 8 segundos ASSÍNCRONAS com as 30 compressões na velocidade de 100 compressões no minuto por minuto. Caso a PCR seja chocável, ou seja, fibrilação ventricular ou uma taquicardia ventricular, deverá ser feito o uso do DEA, onde o mesmo será colocado na vítima e se o DEA reconhecer que a PCR seja chocável, o mesmo irá aplicar um choque a cada 2 minutos e nesse intervalo, o socorrista deverá manter as compressões e o suporte ventilatório.

5- GLOSSÁRIO:

ASSÍCRONAS: Que não está na mesma sincronia, ou seja, nesse caso, enquanto a compressão está rápida as insuflações não estão na mesma sincronia;

VIA AÉREA AVANÇADA: Via Aérea aberta através de método mecânico: intubador endotraqueal, cânula orofaríngea; Método Cirurgico: Traqueostomia e CRICOTIROIDOSTOMIA.


RESUMO DAS TAXAS

ADULTO: 2 INSUFLAÇÕES X 30 COMPRESSÕES, na velocidade de no mínimo 100 por minuto;
Com abertura de vias aéreas avançadas 1 insuflação a cada 6 ou 8 segundos x 30 compressões;

CRIANÇA: Mesma taxa de adulto.

RECÉM NASCIDO: Com 1 socorrista segue a mesma taxa de adulto e com 2 socorristas 2 insuflações x 15 compressões.

Fonte: American Heart Association
SAUDE NO FOCO

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