quarta-feira, 28 de julho de 2010

OS SINAIS VITAIS
Sinais vitais são aqueles que evidenciam o funcionamento e as alterações da função corporal. Dentre os inúmeros sinais que são utilizados na prática diária para o auxílio do exame clínico, destacam-se pela sua importância e por nós serão abordados: a pressão arterial, o pulso, a temperatura corpórea e a respiração. Por serem os mesmos relacionados com a própria existência da vida, recebem o nome de sinais vitais.
PRESSÃO ARTERIAL
A pressão ou tensão arterial é um parâmetro de suma importância na investigação diagnóstica, sendo obrigatório em toda consulta de qualquer especialidade; relacionando-se com o coração, traduz o sistema de pressão vigente na árvore arterial. É medida com a utilização do esfigmomanômetro e do estetoscópio.

OS APARELHOS

ESFIGMOMANÔMETRO - É o instrumento utilizado para a medida da pressão arterial. Foi idealizado por três cientistas: VonBasch (1880), Riva-Ricci (1896) e Korotkoff (1905). O tamanho do aparelho depende da circunferência do braço a ser examinado, sendo que a bolsa inflável do manguito deve ter uma largura que corresponda à 40% da circunferência do braço, sendo que seu comprimento deve ser de 80%; manguitos muito curtos ou estreitos podem fornecer leituras falsamente elevadas. O esfigmomanômetro pode ser de coluna de mercúrio para a medida da pressão, ou aneróide. Existem aparelhos semi-automáticos que se utilizam do método auscultatório e oscilométrico, com grau de confiabilidade variável, devido sofrerem com freqüência alterações na calibração.
manômetro
manguito
ESTETOSCÓPIO - Existem vários modelos, porém os principais componentes são: Olivas auriculares: são pequenas peças cônicas que proporcionam uma
perfeita adaptação ao meato auditivo, de modo a criar um sistema fechado entre o ouvido e o aparelho.
Armação metálica: põe em comunicação as peças auriculares com o sistema flexível de borracha; é provida de mola que permite um perfeito ajuste do aparelho.
Tubos de borracha: possuem diâmetro de 0,3 a 0,5 cm. e comprimento de 25 a 30 cm.
Receptores: existem dois tipos fundamentais: o de campânula de 2,5 cm. que é mais sensível aos sons de menor freqüência e o diafragma que dispõe de uma membrana semi-rígida com diâmetro de 3 a 3,5 cm., utilizado para ausculta em geral.

FATORES DETERMINANTES DA PRESSÃO ARTERIAL
A pressão arterial é determinada pela relação PA = DC x RP, onde DC é o débito cardíaco e RP significa resistência periférica, sendo que cada um desses fatores sofre influência de vários outros.
O débito cardíaco é resultante do volume sistólico (VS) multiplicado pela freqüência cardíaca (FC), sendo que o volume sistólico é a quantidade de sangue que é expelida do ventrículo cardíaco em cada sístole (contração); as variações do débito cardíaco são grandes, sendo em média de 5 a 6 litros por minuto, podendo chegar a 30 litros por minuto durante um exercício físico.
A resistência periférica é representada pela vasocontratilidade da rede arteriolar, sendo este fator importante na regulação da pressão arterial mínima ou diastólica; ela é dependente das fibras musculares na camada média dos vasos dos vasos, dos esfíncteres pré-capilares e de substâncias humorais como a angiotensina e catecolamina.
A distensibilidade é uma característica dos grandes vasos, principalmente da aorta que possuem grande quantidade de fibras elásticas. Em cada sístole o sangue é impulsionado para a aorta, acompanhada de uma apreciável energia cinética, que é em parte absorvida pela parede do vaso, fazendo com que a corrente sanguínea progrida de maneira contínua. A diminuição da elasticidade da aorta, como ocorre em pessoas idosas, resulta de aumento da pressão sistólica sem elevação da diastólica.
A volemia interfere de maneira direta e significativa nos níveis da pressão arterial sistólica e diastólica; com a redução da volemia, que ocorre na desidratação e hemorragias, ocorre uma diminuição da pressão arterial.
A viscosidade sangüínea também é um fator determinante, porém de menor importância; nas anemias graves, podemos encontrar níveis mais baixos de pressão arterial, podendo estar elevados na poliglobulia.
TÉCNICA - Após a lavagem das mãos, reunir todo o material e dirigir-se à unidade do paciente, orientando-o para o procedimento. O mesmo deve estar em repouso por pelo menos cinco minutos, em abstenção de fumo ou cafeína nos últimos 30 minutos; o braço selecionado deve estar livre de vestimentas, relaxado e mantido ao nível do coração (aproximadamente no quarto espaço inter-costal); quando o paciente está sentado, coloca-se o braço por sobre uma mesa; a pressão arterial poderá estar falsamente elevada caso a artéria braquial fique abaixo do nível do coração.
O pulso braquial deve ser palpado para o diagnóstico de sua integridade A bolsa inflável deve ser centralizada por sobre a artéria braquial, sendo que a margem inferior do manguito deve permanecer 2,5 cm. acima da prega anti-cubital; prende-se o manguito e posiciona-se o braço de modo que fique levemente fletido.

Método palpatório: insufla-se o manguito, fechando-se a válvula e apertando-se a “pera” rapidamente até o desaparecimentodo pulso radial, verifica-se o valor e acrescenta-se 30 mmHg. Após, desinsufla-se lenta e completamente o manguito até o aparecimento do pulso, o que é considerado a pressão arterial máxima. Desinsufla-se a seguir o manguito rapidamente. O método palpatório só permite a verificação da pressão arterial máxima.
Método auscultatório: coloca-se o diafragma do estetoscópio suavemente por sobre a artéria braquial; insufla-se o manguito suavemente até o nível previamente determinado (30 mmHg acima da pressão arterial máxima verificada pelo método palpatório) e em seguida desinsufla-se lentamente, à uma velocidade de 2 a 3 mmHg por segundo. Verifica-se o nível no qual os ruídos (de Korotkoff) são auscultados, o que corresponde à pressão arterial máxima. Continua-se baixando a pressão até o abafamento das bulhas e a seguir o desaparecimento completo dos ruídos de Korotkoff, o que corresponde à pressão arterial mínima. Em algumas pessoas, o ponto de abafamento e o de desaparecimento ficam muito afastados, e em raras situações chegam a não desaparecer. A diferença entre a pressão arterial máxima e mínima é chamada de pressão de pulso. Durante a ausculta dos ruídos (de Korotkoff), pode existir uma ausência temporária dos mesmos, sendo este fenômeno chamado de hiato auscultatório, comum em hipertensos graves a em patologias da vávula aórtica.

Notas complementares
• variações na posição e na pressão do receptor do estetoscópio interferem com o resultado dos níveis tencionais.
• a pressão arterial deve ser medida em ambos os braços.
• as diferenças de pressão acima de 10 mmHg sugerem obstrução ou compressão arterial do lado de menor pressão
• evitar a congestão das veias do braço, pois dificulta a ausculta
• a roupa da paciente não deve fazer constrição no braço
• a presença de arritmias importantes interfere na medida da PA
• a medida da PA deve ser sempre medida em condições basais.
• a PA pode ser medida nas coxas, porém com manguitos especiais e com o estetoscópio localizado no oco poplíteo
• em pacientes obesos, a maior circunferência do braço determina níveis pressóricos falsamente elevados, sendo conveniente nesses casos a mediada da PA no ante-braço, com o estetoscópio sobre a artéria radial.
• em crianças, na determinação da PA diastólica, leva-se em conta a diminuição dos ruídos de Korotkoff, já que o desaparecimento pode não ocorrer.
VALORES NORMAIS DA PRESSÃO ARTERIAL - Os valores máximos estabelecidos pelo Consenso Brasileiro da Sociedade Brasileira de Cardiologia par indivíduos acima de 18 anos é de 140/90 mmHg. A pressão arterial sistólica como a diastólica podem estar alteradas isolada ou conjuntamente.
VARIAÇÕES FISIOLÓGICAS
Idade - em crianças é nitidamente mais baixos do que em adultos
Sexo - na mulher é pouco mais baixa do que no homem, porém na
prática adotam-se os mesmos valores
Raça - as diferenças em grupos étnicos muito distintos talvez se deva à
condições culturais e de alimentação.
Sono - durante o sono ocorre uma diminuição de cerca de 10% tanto na
sistólica como na diastólica
Emoções - há uma elevação principalmente da sistólica
Exercício físico - provoca intensa elevação da PA, devido ao aumento do
débito cardíaco, existindo curvas normais da elevação da PA durante o
esforço físico. (testes ergométricos).
Alimentação - após as refeições, há discreta elevação, porém sem
significado prático.
Mudança de posição - a resposta normal quando uma pessoa fica em pé ou sai da posição de decúbito, inclui uma queda da PA sistólica de até 15 mmHg e uma leve queda ou aumento da diastólica de 5 a 10 mmHg. Pode ocorrer hipotensão postural (ortostática), que se acompanha de tontura ou síncope; as três causas mais comuns da hipotensão ortostática: depleção do volume intra-vascular, mecanismos vaso-constrictores inadequados e efeito autônomo insuficiente sobre a constrição vascular.
PULSO
A palpação do pulso é um dos procedimentos clínicos mais antigos da prática médica, e representa também um gesto simbólico, pois é um dos primeiros contato físico entre o médico e o paciente.
FISIOLOGIA - Com a contração do ventrículo esquerdo há uma ejeção de um volume de sangue na aorta, e dali, para a árvore arterial, sendo que uma onda de pressão desloca-se rapidamente pelo sistema arterial, onde pode ser percebida como pulso arterial. Portanto o pulso é a contração e expansão alternada de uma artéria
LOCAIS - As artérias em que com freqüência são verificados os pulsos: artéria radial, carótidas, braquial, femurais, pediosas, temporal, poplítea e tibial posterior. Nessas artérias pode ser avaliado: o estado da parede arterial, a freqüência, o ritmo, a amplitude, a tensão e a comparação com a artéria contra-lateral.
PROCEDIMENTO
Lavar as mãos
Orientar o paciente quanto ao procedimento
Colocar o paciente em posição confortável, sentado ou deitado, porém sempre com o braço apoiado
Realizar o procedimento de acordo com a técnica descrita abaixo
Contar durante 1 minuto inteiro
Lavar as mãos
Anotar no prontuário
TÉCNICA - Pulso radial: a artéria radial encontra-se entre a apófise estilóide do rádio e o tendão dos flexores, sendo que para palpá-los emprega-se os dedos indicador e médio, com o polegar fixado no dorso do punho do paciente, sendo que o examinador usa a mão direita para examinar o pulso esquerdo e vice versa.
Pulso carotídeo: as pulsações da carótida são visíveis e palpáveis medialmente aos músculos esternocleidomastoideos. Para sua palpação, devemos colocar o polegar esquerdo (ou o indicador e dedo médio) sobre a carótida direita e vice-versa, no terço inferior do pescoço, adjacente à margem medial do músculo esternocleiomastoideo bem relaxado, aproximadamente ao nível da cartilagem cricóide.
Pulso braquial: colocar a mão oposta por debaixo do cotovelo do paciente e utilizar o polegar para palpar a artéria braquial imediatamente medial ao tendão do músculo bíceps, sendo que o braço do paciente deve repousar com o cotovelo esticado e as palmas da mão para cima.

CARACTERÍSTICAS DO PULSO
PAREDE ARTERIAL - A parede do vaso não deve apresentar tortuosidades, sendo facilmente depressível; na aterosclerose, ocorre deposição de sais de cálcio na parede dos vasos, sendo que à palpação notamos o mesmo endurecido, irregular, tortuoso, recebendo o nome de traquéia de passarinho.
FREQÜÊNCIA - A contagem deve ser sempre feita por um período de 1 minuto, sendo que a freqüência varia com a idade e diversas condições físicas. Na primeira infância varia de 120 a 130 bat/min.; na segunda infância de 80 a 100 e no adulto é considerada normal de 60 a 100 batimentos por minuto, sendo que acima do valor normal, temos a taquisfigmia e abaixo bradisfigmia. Na prática diária, erroneamente usamos os termos respectivamente de taquicardia e bradicardia, pois nem sempre o número de pulsações periféricas corresponde aos batimentos cardíacos. Está aumentada em situações fisiológicas como exercício, emoção, gravidez, ou em situações patológicas como estados febris, hipertiroidismo, hipovolemia entre muitos outros. A bradisfigmia pode ser normal em atletas.
RITMO - É dado pela seqüência das pulsações, sendo que quando ocorrem a intervalos iguais, chamamos de ritmo regular, sendo que se os intervalos são ora mais longos ora mais curtos, o ritmo é irregular. A arritmia traduz alteração do ritmo cardíaco.
AMPLITUDE OU MAGNITUDE - É avaliada pela sensação captada em cada pulsação e está diretamente relacionada com o grau de enchimento da artéria na sístole e esvaziamento na diástole.
TENSÃO OU DUREZA - É avaliada pela compressão progressiva da artéria, sendo que se for pequena a pressão necessária para interromper as pulsações, caracteriza-se um pulso mole. No pulso duro a pressão exercida para desaparecimento do pulso é grande e pode indicar hipertensão arterial.
COMPARAÇÃO COM ARTÉRIA HOMÓLOGA - É sempre obrigatório o exame de pulso da artéria contra-lateral, pois a desigualdade dos pulsos podem identificar lesões anatômicas.
TEMPERATURA
Sabemos ser quase constante, a temperatura no interior do corpo, com uma mínima variação, ao redor de 0,6 graus centígrados, mesmo quando expostos à grandes diferenças de temperatura externa, graças à um complexo sistema chamado termorregulador. Já a temperatura no exterior varia de acordo com condições ambientais. A mesma é medida através do termômetro clínico.
TERMÔMETRO CLÍNICO - Idealizado por Santório, entre os anos 1561 e 1636, é considerado o ponto de partida da utilização de aparelhos simples que permitem obter dados de valor para a complementação do exame clínico.

CONTROLE DA TEMPERATURA CORPORAL - O calor produzido no interior do organismo chega à superfície corporal através dos vasos sangüíneos e se difundem através do plexo sub-cutâneo, que representa até 30% do total do débito cardíaco. O grau de aporte de sangue pela pele é controlado pela constricção ou relaxamento das artérias, sendo que ao chegar na superfície, o calor é transferido do sangue para o meio externo, através de: irradiação, condução e evaporação.
Para que ocorra a irradiação, basta que a temperatura do corpo esteja acima do meio ambiente. A condução ocorre quando há contato com outra superfície, sendo que existe troca de calor até que as temperaturas se igualem. Já o mecanismo pelo qual o corpo troca temperatura com o ar circulante chama-se convecção.
A temperatura é quase que totalmente controlada por mecanismos centrais de retroalimentação que operam através de um centro regulador situado no hipotálamo, mais precisamente através de neurônios localizados na área pré-óptica do hipotálamo, sendo que este centro recebe o nome de centro termo regulador.
Quando há elevação da temperatura, inicia-se uma eliminação do calor, através do estímulo das glândulas sudoríparas e pela vasodilatação; com a sudorese há uma perda importante de calor, sendo que quando ocorre o inverso, ou seja o resfriamento do organismo, são iniciados mecanismos para a manutenção da temperatura, através da constricção dos vasos cutâneos e diminuição da perda por condução, convecção e transpiração.
LOCAIS DE VERIFICAÇÃO DA TEMPERATURA - Os locais onde habitualmente são medidas as temperatura do corpo são: axila, boca, reto e mais raramente a prega inguinal, sendo que além do valor absoluto, as diferenças de temperatura nas diferentes regiões do corpo, possuem valor propedêutico, por exemplo, a temperatura retal maior que a axilar em valores acima de 1 grau, pode ser indicativo de processo inflamatório intra-abdominal.
Na medida oral, o termômetro deverá ser colocado sob a língua, posicionando-o no canto do lábio; a verificação da temperatura oral é contra-indicada em crianças, idosos, pacientes graves, inconscientes, psiquiátricos, portadores de alterações orofaríngeas, após fumar e após ingestão de alimentos quentes ou gelados.
Na temperatura retal, o termômetro deverá possuir bulbo arredondado e ser de maior calibre, sendo contra-indicações para a verificação do método pacientes com cirurgias recente no reto ou períneo ou portadores de processos inflamatórios neste local. É considerada a temperatura mais precisa.
MATERIAL - bandeja, termômetro, algodão, álcool e sacos para algodão seco e úmido.
PROCEDIMENTO
Lavar as mãos
Orientar o paciente quanto ao procedimento
Reunir o material e levar à unidade do paciente
Deixar o paciente deitado ou recostado confortavelmente
Limpar o termômetro com algodão embebido em álcool
Enxugar a axila se for o caso, com as próprias vestimentas do paciente
Descer a coluna de mercúrio até o ponto mais baixo, segurando o
termômetro firmemente e sacudindo-o com cuidado
Colocar o termômetro na axila, se for o caso, mantendo-o com o braço
bem encostado ao tórax
Retirar o termômetro após 5 a 7 minutos
Ler a temperatura na escala
Limpar com algodão embebido em álcool
Lavar as mãos
Anotar no prontuário da paciente
VALORES NORMAIS DA TEMPERATURA - Como dito anteriormente, os locais habituais da medida da temperatura corpórea são: a axila, a boca e o ânus, sendo que existem diferenças fisiológicas entre os locais:
Axilar - 35,5 a 37,0 0C
Bucal - 36,0 a 37,4 0C
Retal - 36,0 a 37,5 0C
A elevação da temperatura acima dos níveis normais recebe o nome de hipertermia e abaixo de hipotermia.
FEBRE - Nada mais é do que a elevação da temperatura acima da normalidade, causada por alterações do centro termo regulador ou por substâncias que interferem com o mesmo. Muitas proteínas ou produtos como as toxinas de bactérias causam elevação da temperatura e são chamadas de substâncias pirogênicas, sendo portanto que a elevação da temperatura ou seja a febre pode ocorrer por infecções, lesões teciduais processos inflamatórios e neoplasias entre as mais importantes.
A febre é apenas a elevação da temperatura, ou seja, um sinal porém a grande maioria das pessoas se ressentem desta elevação apresentando outros sinais e sintomas como: astenia, inapetência, cefaléia, taquicardia, taquipnéia, taquisfigmia, oligúria, dor pelo corpo, calafrios, sudorese, nauseas, vômitos, delírio, confusão mental e até convulsões, principalmente em recém-nascidos e crianças. Ao conjunto desses sinais e sintomas, acompanhado da elevação da temperatura damos o nome de síndrome febril. São raras as pessoas que apresentam febre na ausência de qualquer outro sinal ou sintoma.
SEMIOLOGIA DA FEBRE - As seguintes características da febre devem ser avaliadas: início, intensidade, duração, modo de evolução e término.
INÍCIO - Pode ser súbito, onde percebe-se a elevação brusca da temperatura, sendo que neste caso com freqüência acompanha-se de sinais e sintomas da síndrome febril, ou pode ocorrer de maneira gradual, em que as vezes nem é percebida pelo paciente.
INTENSIDADE - A classificação obedece a temperatura axilar, devendo sempre lembrar que a intensidade também depende da capacidade de reação do organismo, sendo que pacientes extremamente debilitados e idosos podem não responder diante de um processo infeccioso. A intensidade e é assim caracterizada:
febre leve ou febrícula - até 37,5 graus
febre moderada - de 37,5 até 38,5 graus
febre alta ou elevada - acima de 38,5 graus
DURAÇÃO - É uma característica importante, podendo interferir na conduta médica. É dita prolongada quando a duração é maior do que 10 dias, sendo que existem doenças próprias que são responsáveis por esta duração, como a tuberculose, septcemia, endocardite, linfomas entre outras.
MODO DE EVOLUÇÃO - Este dado poderá ser avalizado pela informação do paciente, porém principalmente pela análise diária da temperatura, sendo a mesma registrada em gráficos próprios chamados de gráficos ou quadro térmico, sendo que a anotação pode ser feita no mínimo duas vezes por dia, ou de acordo com a orientação médica.
Febre contínua - aquela que sempre permanece acima do normal, com variações de até 1 grau; exemplo freqüente é a febre da pneumonia
Febre remitente - há hipertermia diária, sendo que as variações são acima de 1 grau; são exemplos a febre dos abcesso, septicemias
Febre intermitente - neste caso, a hipertermia é interrompida por períodos de temperatura normal, que pode ser de alguma medida no mesmo dia, ou um ou mais dias com temperatura normal; é característica da malária.
Febre recorrente ou ondulante - caracteriza-se por períodos de temperatura normal que dura dias, seguido de elevações variáveis da temperatura; são encontradas por exemplo nos portadores de neoplasias malignas.
Término - é dito em crise, quando a febre desaparece subitamente, com freqüência nesses casos acompanhado de sudorese profusa e prostação. Em lise quando a hipertermia desaparece lentamente.
Normal Contínua
Remitente Intermitente
RESPIRAÇÃO
A respiração é a troca de gases dos pulmões com o meio exterior, que tem como objetivo a absorção do oxigênio e eliminação do gás carbônico.
FREQÜÊNCIA - crianças - 30 a 40 movimentos respiratórios/minuto
adulto - 14 a 20 movimentos respiratórios/minuto

ALTERAÇÕES DA RESPIRAÇÃO
Dispnénia: é a respiração difícil, trabalhosa ou curta. É sintoma comum de várias doenças pulmonares e cardíacas; pode ser súbita ou lenta e gradativa.
Ortopnéia: é a incapacidade de respirar facilmente, exceto na posição
ereta.
Taquipnéia : respiração rápida, acima dos valores da normalidade, freqüentemente pouco profunda.
Bradipnéia : respiração lenta, abaixo da normalidade.
Apnéia: ausência da respiração
MATERIAL
Relógio com ponteiro de segundos
Papel e caneta para anotações
TÉCNICA
Lavar as mãos
Orientar o paciente quanto ao exame
Não deixar o paciente perceber que estão sendo contados os movimentos
Contagem pelo período de 1 minuto
Lavar as mãos no término
Anotar no prontuário.
SAÚDE NO FOCO

SAMU 192 SALVADOR TREINAMENTO

RepórterSP: Flagrante de Equipe de Resgate na luta para salvar uma vida!

SAMU 192

ABC da vida

RCP - Alunos treinando

RCP Animação batimento cardiaco RCP

Diástole e sístole

Biologia - Fisiologia - As vávulas do coração

terça-feira, 27 de julho de 2010

quinta-feira, 22 de julho de 2010

CURSO PRÁTICO DE EMERGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR

Nos dias de hoje as empresas, que são os empregadores, precisam (e muito) de um funcionário que execute fielmente e com eficácia o que lhe é determinado. É e justamente por este motivo que a capacitação tem sido garantia de emprego.
Quanto mais capacitado o trabalhador, maiores são as chances dele adentrar no tão concorrido e exigente mercado de trabalho.
Então, mãos à obra! Promova a evolução do que já possui, torne melhor o seu ser ou a sua empresa, para garantir o seu espaço na economia dita como globalizada.
Pensando nisso nós com a parceria da UNIBRASIL S.B.V.T (suporte básico a vida no trauma); Estaremos promovendo o CURSO PRÁTICO DE EMRGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR.

COORDENAÇÃO GERAL: PROF. DR. MARCOS LOMBA ( CREMERJ: 52-34020-2 ) / INSTRUTOR FABIO SOARES.
OBJETIVO: capacitar indivíduos a dar suporte de emergência a vitimas e acidentes.
PROGRAMAÇÃO: ( 20% TEÓRICO / 80% PRÁTICO ) CARGA HORÁRIA: 40HS

1. CHEGADA AO LOCAL DO ACIDENTE
2. ÁNALISE DE RISCOS
3. NEUTRALIZAÇÃO DE RISCOS
4. REMOVER BARREIRAS
5. ROLAMENTO 90º, 180º, 270º ( REALIAMENTO DA VÍTIMA)
6. RECUPERACAO CARDIORESPIRATORIA (MASSAGEM CARDIACA / VENTILACAO)
7. VENTILAÇÃO MECÂNICA ( RESPIRAÇÃO BOCA A BOCA E USO DE AMBU )
8. BIOSSEGURANÇA ( NÃO CONTATO C/ SALIVA, SANGUE OU AR NOS PROCEDIMENTOS )
9. AFOGAMENTOS ( S.A.R.A – SUPORTE ÀGIL PARA RECUPERAÇÃO DE AFOGADOS )
10. QUEIMADURAS: ( PROCEDIMENTOS EMERGÊNCIAIS EM 1º / 2º / 3º / 4º GRAUS )
11. REMOÇÃO DA VITÍMA
12. USO PRANCHA / KED / COLAR CERVICAL
13. HEMOSTASIA – TÉCNICAS PARA ESTANCAMENTO HEMORRÁGICO
14. TRAUMATISMOS / FRATURAS
15. TÉCNICAS DE IMOBILIZAÇÃO C/ CONFECÇÃO DE TALA ( PRÁTICA INDIVIDUAL)
16. DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS
17. MANOBRA DE HEIMLICH
18. DESFIBRILAÇÃO EXTERNA AUTOMÁTICA ( TEORIA E PRÁTICA COM D.E.A )
19. PERFURAÇÃO PULMONAR (PNEUMOTÓRAX / CURATIVO DE 3 PONTOS )
20. CHAVE DE RAUTECK
21. SIMULAÇÃO PRÁTICA / PROVA TEÓRICA

OUTROS ASSUNTOS: DESMAIOS SUBITOS, ANGINA NO PEITO, INFARTO DO MIOCARDIO, ELETROCARDIOGRAMA.

FORNECEMOS: APOSTILA, CERTIFICADO, MINI BAG E CARTEIRA DE SOCORRISTA TRAINEE.

PUBLICO ALVO: PROFESSORES, PROFISSIONAIS DA AREA DE SAUDE, POLICIAIS, ATLETAS, BOMBEIROS, TECNICOS DE SEG. DO TRABALHO E TODOS COM ESPIRITO DE SOLIDARIEDADE.

Custo: INSCRIÇÃO R$ 19,90 / 10 X 19,90 CARTÕES ( VISA E MASTER ) OU ÀVISTA R$ 199,90
CONSIDERACOES GERAIS: O CURSO SERA MINISTRADO POR INSTRUTORES DO UNIVERSAL EMERGENCY GROUP, HAVERA AVALIACAO PRATICA DURANTE O CURSO E TESTE NO ULTIMO DIA. A UNIVERSAL EMERGENCY GROUP FORNECERA MATERIAL PARA A PRATICA, TAIS COMO: KED, MANEQUINS, PRANCHA, COLAR CERVICAL, DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMATICO ENTRE OUTROS.
Contatos: Enfermeiro José Luiz cel: ( 027)9848-0808 Linhares
Local: a definir
Matrículas apartir de 01/08/10

quarta-feira, 21 de julho de 2010

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DO ESPÍRITO SANTO
Lei nº 5.905/73 – Autarquia Federal
Filiado ao Conselho Internacional de Enfermagem - Genebra
Vitória-ES, 19 de julho de 2010
Enfermeiros e sociedade comemoram vitória obtida recentemente na Justiça Federal
Prezados colegas,
Como muitos de vocês já tomaram conhecimento, acabamos de conquistar uma vitória
extraordinária junto ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (RJ). O TRF reconheceu que os
enfermeiros podem sim prescrever medicamentos e solicitar exames de acordo com a legislação
em vigor.
A decisão foi tomada em uma ação proposta pelo Ministério Público Federal. Na ação o MPF
requereu a ilegalidade da Resolução COFEN nº 195/97 e de duas Portarias das Secretarias de
Saúde de Vitória e de Vila Velha que normatizam a atuação de enfermeiros nos programas e
unidades de saúde dos dois municípios no que diz respeito à solicitação de exames e prescrição de
medicamentos. Em 2008, as duas Portarias haviam sido suspensas por liminar judicial solicitada
pelo Sindicato dos Médicos do Espírito Santo.
Essa não foi a primeira decisão judicial favorável aos enfermeiros. Este ano o Conselho Regional
de Medicina foi condenado a pagar indenização por danos morais a uma enfermeira do PSF de
Vitória e a outra de Iconha. Elas sofreram denúncia infundada de exercício ilegal da medicina,
mas foram inocentadas justamente porque exercem suas funções de acordo com a legislação em
vigor. A justiça foi feita mais uma vez e o CRM, antes acusador, passou para a condição de réu e
acabou condenado a indenizar as enfermeiras.
As sucessivas vitórias judiciais conquistadas pelos enfermeiros, pelo Coren-ES e pelo Cofen, só
reforçam a certeza de que estamos desempenhando nossas funções com responsabilidade e
obediência à lei. E é isso que continuaremos fazendo.
Sabemos que os ataques às atribuições dos enfermeiros vão continuar por algum tempo ainda,
principalmente por parte daqueles que desejam centralizar a assistência à saúde em torno de uma
só profissão. Mas estamos prontos para enfrentar as ações que vierem, e também para banir o
conceito equivocado de que uma profissão é melhor que outra numa equipe multiprofissional. Elas
apenas possuem atribuições diferentes que devem ser respeitadas.
Colega, você tem a qualificação necessária e o amparo legal para solicitar exames, prescrever
medicamentos e realizadas consultas de enfermagem em unidades e programas de saúde. Tem
também o Conselho de Enfermagem a seu lado. Então, não se deixe intimidar. Faça seu trabalho
com segurança e de cabeça erguida. A população precisa de nós.
Sucesso a todos!
Wilton José Patrício
Presidente do Coren-ES
_________________________________________________________________________________________________________________
Sede - Rua Alberto de Oliveira Santos, 42, Sala 1116 - Ed. AMES - Vitória-ES - 29010-901 - Tel.: (27) 3223-7768 / 3222-2930
Subseção São Mateus – Rua João Bento Silvares, 214, loja 03, Centro – 29930-000 - Tel.: (27) 3763-1447
Subseção Cachoeiro de Itapemirim – Pç Jerônimo Monteiro, 93, sl 103, Galeria do Renê, Centro - 29300-174 - Tel.: (28) 3522-4823
Subseção Colatina – Av. Getúlio Vargas, 500, sl 408 – Centro – 29.700-010 – Tel.: (27) 3721-5802
Site: www.coren-es.org.br - E-mail: coren-es@coren-es.org.br - CNPJ 08.332.733/0001-35

sábado, 17 de julho de 2010

ENFERMAGEM: A EVOLUÇAO NA ARTE DO CUIDAR EM BUSCA DO SEU ESPAÇO NA SOCIEDADE.


ENFERMAGEM: A EVOLUÇAO NA ARTE DO CUIDAR EM BUSCA DO SEU ESPAÇO NA SOCIEDADE.
Partindo do princípio, onde a enfermagem é tida como arte e ciência do cuidar, podendo concluir que a enfermagem está intimamente ligada à vida humana desde a sua origem, podendo então relacioná-la à primeira mulher em que se tem referência: Eva, a esposa de Adão, pois inicialmente o cuidado era realizado de modo instintivo, a mãe que cuida do filho, posteriormente, pelas mulheres que permaneciam nas tribos cuidando das crianças, velhos e doentes, enquanto os homens saem em busca de alimentos, em outras épocas os cuidados eram feitos por sacerdotes, onde as práticas de saúde associavam-se à religião. Quando alguém era curado, sua cura estava relacionada com milagre, se morria era porque era indigno de viver. Nesta emaranhado chegamos á Era Moderna, onde as práticas de enfermagem confundiam-se muitas vezes com as práticas da medicina.
Florence Nighingale, (1820-1910), membro da elite social e econômica e amparada pelo poder político da época, era portadora de grande aptidão vocacional para tratar doentes. Convidada para trabalhar junto aos soldados feridos em combate na Guerra da Criméia (1854-1856) torna-se a precursora da Enfermagem Moderna.


Neste cenário, a enfermagem, ainda vive épocas em que é subordinada à medicina até chegar à sua autonomia profissional. No Brasil, a criação dos Conselhos Federal e Regional de Enfermagem conceituado como autarquias de fiscalização profissional e vinculado ao Ministério do Trabalho ocorre com o sancionamento da Lei 5905, em 1973.
Em 25 de junho de 1986 é criada a Lei 7498, que dispõe sobre o exercício profissional da enfermagem e dá um grande passo para a consolidação da classe profissional no país.
É possível que algumas pessoas ao lerem esta matéria, possam perguntar: o que eu tenho a ver com isso? Eu respondo: Tudo. A partir destas informações, caro leitor e eleitor, gostaria que fizessem uma análise de como anda o serviço de enfermagem em nossa cidade, quantos profissionais de enfermagem temos em nossa cidade? Será que as autoridades locais e os administradores e proprietários das instituições de saúde de nossa cidade estão respeitando esta classe profissional?
Quando você fica doente e vai ao hospital, quem cuida de você? Quando seu filho nasce, quem o veste com sua primeira roupinha, seu primeiro banho, sua primeira vacina, o teste do pezinho…..? Aquelas injeções terríveis e dolorosas, quem aplica? Aquela ferida que você já fez de tudo e não cicatriza, quem cuida? Aquela informação que o médico te deu e você não entenderam, quem explica? Aquela dúvida que você tem, mas que teve vergonha de perguntar ao médico, quem te esclarece? Aquele medicamento que o médico prescreveu e você não sabem como tomar? Aquele medicamento que o médico prescreveu você tomou para curar uma coisa e sentiu outra quem te explica? Você já pensou nisso?
O Ministério da Saúde com a implantação do SUS e a criação da ESF (Estratégia da Saúde da Família) tem hoje, vários protocolos que dão ao enfermeiro a autonomia para exercer atividades que geram qualidade de atendimento à população, em sua cidade isto é respeitado? A você que é mulher, quem colhe seu exame de Papanicolau (o exame de prevenção do câncer de colo de útero) no bairro onde você mora? Existe consulta de enfermagem no seu posto de bairro? Quem faz seu Pré- natal?
Infelizmente falta muito para o enfermeiro ganhar sua autonomia em nossa cidade, parte pela falta de interesse de alguns poucos profissionais que olham apenas para seu próprio umbigo, parte por falta de conhecimento da população da importância desta classe profissional, parte por falta de interesse das autoridades locais, o que é uma pena, pois se não a mais linda, uma das mais lindas das profissões não pode ser deixada de lado.
Precisamos de enfermeiros e profissionais de enfermagem que queiram abraçar a causa da enfermagem e a causa política para que esta classe possa alcançar seu merecido espaço e fazer jus à qualidade da assistência à saúde do nosso povo. Precisamos de políticos que nos apóiem e nos dêem espaço para que possamos crescer enquanto classe profissional e exercermos de fato o nosso papel na sociedade. E então ENFERMEIROS estamos colaborando? a classe esta unida?

Doenças de inverno

Com a chegada do inverno aumentam as incidências das doenças respiratórias, que são comuns da estação. O frio somado à baixa umidade do ar e a uma maior concentração dos poluentes são um prato cheio para esses tipos de enfermidades e quem mais sofre são crianças e idosos.

O SAÚDE NO FOCO preparou um guia para você conhecer melhor as doenças mais comuns nessa época do ano e saber como se prevenir.

As doenças mais comuns:

Asma
É uma inflamação do pulmão e das vias aéreas, de fundo alérgico, caracterizada por chiados no peito, tosse e sensação de falta de ar. É conhecida por ser uma doença comum em crianças, mas pode surgir em adultos a partir de infecções por vírus e bactérias. Não existe como prevenir o surgimento da asma, mas ela pode ser controlada desde que o tratamento seja seguido e que o paciente e sua família se conscientizem do problema.

Amidalite
É uma inflamação das amídalas, que servem como filtros no fundo de nossa garganta, evitando a passagem de infecções da boca e dos seios da face para o resto do corpo. Pode ser causada por vírus ou por bactérias. Os sintomas são dor de garganta, dor ao engolir, febre, mau hálito e, às vezes, inchaço dos gânglios do pescoço.

Bronquite
É uma inflamação dos brônquios, que impede a chegada do ar aos pulmões. A forma aguda é causada por vírus e bactérias. A crônica é recorrente e não necessariamente fruto de infecção. Seus principais sintomas são: tosse seca com chiado seguida por tosse com eliminação de catarro, dor no peito, fadiga, mal estar e febre. Pode estar ligada a alergias e é agravada com o fumo ou o contato com fumantes.

Gripe
É uma infecção causada pelos vírus influenza, que são mutantes. Doença altamente contagiosa, pode causar entupimento das vias aéreas, inflamação na garganta, dor muscular, dor de cabeça, febre alta, calafrios, fraqueza, tosse seca, espirros e coriza. A transmissão ocorre pelo ar, quando pacientes falam, espirram e tossem, e, indiretamente, pelas mãos e por objetos contaminados.

Otite (ou dor de ouvido)
É uma infecção bacteriana do ouvido médio, que fica entre o tímpano e o ouvido interno, muito comum em crianças. Normalmente, vírus e bactérias que infectaram a garganta migram até o ouvido e se multiplicam, graças às secreções da área.

Pneumonia
É uma infecção aguda dos pulmões, causada por bactérias, vírus ou fungos. Os alvéolos pulmonares ficam cheios de pus, além de muco e líquidos, o que impede a respiração correta. Normalmente, ocorre quando há falha nas defesas do organismo e pode surgir após uma gripe ou uma bronquite fortes. Os sintomas são: tosse com catarro, dor no tórax, calafrios, suor, palidez e febre alta.

Resfriado
Muito confundido com a gripe, é uma infecção bem mais leve do nariz e da garganta, causada por outros vírus. Seus sintomas são espirros, tosse, dor de garganta, dor muscular, secreção nasal intensa, dor de cabeça e febre baixa. Não existe tratamento contra o vírus -– os remédios são tomados apenas para aliviar os sintomas até a recuperação natural do organismo.

Rinite
É a mais comum das doenças alérgicas, causada pela inflamação, ou pela simples irritação, da mucosa do nariz. Os principais sintomas são espirros, coriza, coceira e entupimento do nariz.

Sinusite
É a inflamação da mucosa que reveste os chamados “seios da face”, cavidades do crânio em torno do nariz, causada por alergias ou infecções virais e bacterianas. Os principais sintomas são dor de cabeça, inchaço nas pálpebras, nariz entupido e dor nos olhos.

Como se proteger

• Beber bastante líquido (mas evitar bebidas alcoólicas);
• Não deixar de fazer exercícios físicos (nadar, correr e caminhar são especialmente importantes porque aumentam a capacidade respiratória);
• Comer alimentos ricos em vitamina C, como limão, laranja, abacaxi e acerola;
• Manter limpas as roupas de cama, especialmente cobertas e edredons;
• Evitar lugares fechados e pouco arejados;
• Evitar fumar e conviver com fumantes;
• Secar roupas no sol;
• Lavar as mãos com freqüência;
• A vacinação anual é importante, não causa gripe e evita complicações mais sérias;
• Para bebês, a amamentação é indispensável, pois garante a proteção da criança, através de anticorpos da mãe que conferem imunidade para criança.
SAÚDE NO FOCO.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Enfermeiros podem sim solicitar exames e prescrever medicamentos

Recentemente por conta de uma matéria exibida na “TV” retornou a discussão acerca do assunto. Vejam a decisão do TRF e o meu comentário .

A decisão é do TRF 2ª Região e valida Portarias das Secretarias de Saúde de Vila Velha e de Vitória que normatizam as competências técnicas e legais desses profissionais. Em 2008 uma juíza chegou a suspender a Portaria de Vila Velha em ação movida pelo Sindicato dos Médicos do ES.


A Sexta Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, acolheu os argumentos da Procuradoria Geral do Conselho Federal de Enfermagem e declarou legal a Resolução do Cofen 195/97, que estabelece sobre o exercício profissional no que tange a exames de rotina e complementares por enfermeiros. A ação, proposta pelo Ministério Público Federal, visava buscar a anulação do ato normativo do Cofen, impedindo a correta aplicação da Lei 7.498/86.

A ação civil pública foi ajuizada com o objetivo de que fosse declarada a ilegalidade da Resolução nº 195/1997 do Conselho Federal de Enfermagem - Cofen, dos arts. 1º e 2º da Portaria nº 02/2006 da Secretaria Municipal de Saúde de Vila Velha, e do art. 3º, alínea 'c', da Portaria nº 018/2002 da Secretaria Municipal de Saúde de Vitória, para que os profissionais de enfermagem não exercessem as atividades de solicitação de exames ou prescrição de medicamentos.

O Ministério Público Federal (MPF), na petição inicial, alegou que a Lei nº 7.498/86, bem como o Decreto nº 94.406/87, que dispõem sobre a Regulamentação do Exercício de Enfermagem, não previam a possibilidade de os enfermeiros solicitarem exames de rotina e complementares ou prescreverem medicamentos. A apelação proposta pela Procuradoria do Cofen conseguiu reformar a sentença de primeiro grau e o Tribunal Regional Federal da 2ª Região expressamente reconheceu a improcedência das alegações apresentadas pelo Ministério Público Federal.

Em seu relatório, o TRF 2ª Região entendeu inexistir ilegalidade na Resolução do Cofen e nas Portarias dos Municípios de Vitória e Vila Velha. Declarou, igualmente, que a Resolução Cofen n° 195/97 obedece aos parâmetros legais e constitucionais. (Texto reproduzido do Portal Cofen).

Para o presidente do Conselho Regional de Enfermagem, Wilton José Patrício, "o enfermeiro tem um papel importante nos programas de prevenção e promoção da saúde, que é exatamente o modelo de saúde que desejamos ver em pleno funcionamento no país. Para isso é fundamental o trabalho das equipes profissionais, respeitadas suas competências técnicas e legais".

Em tempo:

Em outubro de 2008, atendendo solicitação do Sindicato dos Médicos do ES, a juíza Paula Cheim D'Avila Couto concedeu liminar suspendendo os efeitos da Portaria 01/2008, da Secretaria de Saúde de Vila Velha, que normatizava a consulta de enfermagem nas unidades de saúde do município. Agora, com a decisão do TRF, os enfermeiros voltam a atuar de acordo com suas prerrogativas legais previstas em lei federal.

No início de 2010 a Justiça Federal condenou o Conselho Regional de Medicina do ES a indenizar uma enfermeira do PSF de Vitória por danos morais. A ação foi movida pela profissional, após ter sido inocentada, também pelo TRF, em um processo aberto pelo CRM, que alegou exercício ilegal da medicina.
Durante uma visita domiciliar, a enfermeira solicitou exames preventivos e prescreveu um medicamento a uma moradora assistida pela equipe do PSF.
O procedimento tem amplo e indiscutível amparo na legislação vigente, que autoriza os enfermeiros a prescreverem medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde.

Portanto caros colegas cabe a nós enfermeiros, mostrarmos a nossa cara, e não entrarmos no grupo dos colegas que têm ciência de que eles próprios são os maiores responsáveis pela não realização da prescrição de enfermagem e pelo quadro de indefinições vivenciadas pela profissão nas instituições.

Diante disso mostra-se imprescindível a qualificação e capacitação dos profissionais que irão desempenhar esta função, através de cursos constantes de qualificação, dentre os quais a “educação continuada sobre o processo de enfermagem e a sistematização”.

Mas é necessário “sistematizar em todas as unidades; orientar aos trabalhadores da enfermagem a importância da mesma; resgatar o sentido da humanização do cuidado”. De grande utilidade também seriam as “visitas a outras instituições que façam este tipo de trabalho, para treinamento e capacitação dos enfermeiros, entre outros, deixando-os mais confiantes para exercer com qualidade esta atividade.

O Profissional de Enfermagem


"A Enfermagem ao longo dos anos vem sendo uma profissão comprometida com a saúde e a qualidade de vida da pessoa, família e coletividade.” O profissional de Enfermagem atua na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde, com autonomia e em consonância com os preceitos éticos e legais adscritos no código de ética da profissão.
O profissional de Enfermagem participa, como integrante da equipe multidisciplinar de saúde, das ações que visem a satisfazer as necessidades de saúde da população e da defesa dos princípios das políticas públicas de saúde e ambientais que garantam a universalidade de acesso aos serviços de saúde, integralidade da assistência, resolutividade, preservação da autonomia das pessoas, participação da comunidade, hierarquização e descentralização político-administrativa dos serviços de saúde.

O profissional de Enfermagem respeita a vida, a dignidade e os direitos humanos em todas as suas dimensões. Exerce suas atividades com competência para a promoção do ser humano na sua integralidade, de acordo com os princípios da ética e da bioética.
São profissionais de Enfermagem:Enfermeiros, técnicos e auxiliares de Enfermagem. Todos devidamente diplomados e que estejam com suas inscrições regularizadas.Tanto os profissionais quanto a sociedade em geral devem consultar o CÓDIGO DE ÉTICA, que ampara e também fiscaliza a atuação dos profissionais de Enfermagem.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Informe aos Profissionais de ENFERMAGEM.

Foi aprovado em agosto/2009 o Projeto de Lei 4924/09, de autoria do deputado federal Mauro Nazif (PSB-RO) que dispõe sobre o Piso Salarial do Enfermeiro, do Técnico e do Auxiliar de Enfermagem.
De acordo com o texto original o piso salarial do Enfermeiro será de R$ 4.650,00 (quatro mil, seiscentos e cinquenta reais). No entanto, a proposta inicial foi modificada pelo relator para que 70% deste valor corresponda ao piso do técnico de Enfermagem e 50% ao do auxiliar. Inicialmente a definição era de 50% e 40%, respectivamente.
Em sua justificativa, o relator destacou a existência de abrigo constitucional da proposta, ao se referir ao inciso 5, artigo 7º, da Carta Magna, que assegura piso proporcional à extensão e complexidade do trabalho profissional, situação em que se enquadram os profissionais de Enfermagem.
Assim, agora o projeto fixa para o técnico de enfermagem um piso equivalente a R$ 3.255,00 (três mil, duzentos e cinquenta e cinco reais) e para o auxiliar de enfermagem e a parteira um piso equivalente a R$ 2.325,00 (dois mil, trezentos e vinte e cinco reais). A proposta altera a Lei 7.498/86, que regulamenta essas profissões. (Fonte: ABENFO - Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras). Mas, apesar dessa referência do piso salarial nacional, em Linhares os enfermeiros que trabalham para a prefeitura ganham um salário de R$ 909,00 (novecentos e nove reais) e os auxiliares de enfermagem ganham R$ 594,87 (quinhentos e noventa e quatro reais e oitenta e sete centavos).
Pelo jeito, a valorização dos profissionais não depende somente de projetos de lei, mas também de vontade política, de planos de carreira e de condições de trabalho que mantenham os profissionais motivados.

SAÚDE NO FOCO

Utilidade Pública - salvamento de criança engasgada

Seminário do Trauma - Manobra de Heimlich

Manobra de Heimlich para adulto ou criança deitado